A SABEDORIA E O PSEUDO-SÁBIO
A sabedoria é uma experiência da alma e não apenas do intelecto.
O
homem sábio compreende e apreende a vida em sentido mais profundo do
que o homem comum, objetivando mais os valores de natureza espiritual
que material.
Entre
os que necessitam de destaque, estão os chamados pseudossábios.
Desprovidos de maiores conhecimentos, buscam através de palavrórios,
longas palestras ou conversas, convencer os demais das suas ideias.
Estão
na sociedade nos poderes públicos, nas religiões e em todos os
seguimentos tentando tirar algum tipo de vantagem, sem se preocuparem se
estão ou não lesando aqueles que lhes dão crédito.
Com intenções de se
dar bem a qualquer custo quase não possuem desejos de se melhorar, ou de
adquirir verdadeira sabedoria, querem o conforto momentâneo.
O
homem que busca a sabedoria é sempre humilde, dócil e tem seus desejos
voltados para o bem comum antes que o seu. É solidário, caridoso, de
coração sensível às fraquezas e dores do semelhante. A instrução que
procura nunca é para atender ao império do “ego”, do destaque, mas sim
para ser útil. Em qualquer grupamento humano em que esteja é prestativo e
procura fazer o melhor para aqueles que dependem da sua atuação, sem a
necessidade de privilegiar alguém em detrimento de outrem, é justo,
gentil mesmo quando não é compreendido.
Sendo
mais ético, sua conduta e decisões visam manter a própria consciência
tranquila, fazendo o que é correto e não o que lhe é conveniente. Por
isso, disse o Cristo à mulher equivocada: “mulher, onde estão os teus acusadores”, anunciando que a hipocrisia era, e é, uma marca muito presente onde não existe verdadeira sabedoria e moral, pois que dos mais velhos aos mais novos todos
foram se retirando sem lhe fazer qualquer mal. Ninguém poderá viver de
aparências todo o tempo, desgastando-se e revelando o que lhe constitui o
verdadeiro caráter.
Ser
melhor é impositivo da vida, ninguém pode abster-se deste dever; mais
cedo ou mais tarde o homem perverso de hoje será o homem bom de amanhã,
mesmo que lhe custe alguns milênios para isto, afinal, a vida é eterna e
a reencarnação é benção que endireita as estradas íntimas do homem;
rogará ele o perdão de quem ofendeu, dará amparo a quem abandonou,
devolverá a quem tirou e, assim, se tornará feliz.
Existem
pseudos-sábios entre os homens e entre os espíritos, porém, somente os
seus iguais se lhe tornam suas vítimas. A lei divina é de amor, e a
sabedoria será edificada na renúncia das más paixões e na prática do
bem.
O sábio ama, o pseudo-sábio necessita ser amado.
Autor: Adelvair David
e-mail: addavid@ig.com.br
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