CASAMENTO - SEPARAR RESOLVE?
Quando duas pessoas resolvem, de comum acordo, viver sob o
mesmo teto, desde logo terão chances de iniciarem a sua reforma íntima. E
tudo começa com a luta contra o egoísmo, pois tudo o que era “meu”,
passa a ser “nosso”!
Em verdade, o que mantém o matrimônio não é apenas a beleza do parceiro ou o prazer sexual, ambos importantíssimos, mas por si sós insuficientes, pois também a amizade, o respeito, o desprendimento, o carinho, etc., alimentam os laços matrimoniais.
O casal, ainda no plano espiritual, combina o reencontro no matrimônio, convencidos de que a união de ambos é um bom programa de obrigações reeducativas. Reencarnam e se casam.
Com o passar dos dias, os dois vão se conhecendo melhor, e percebem que o outro não era bem aquilo que parecia ser. Ele passa a noite roncando; ela fala dormindo a noite toda; ele quer dormir e ela assistir TV no quarto; ele tem o péssimo hábito de deixar a tampa do assento sanitário aberta e ela insiste em deixá-la fechada!
Ele deixa o tubo dental sempre aberto e ela deixa pedaços de fio dental espalhados pela pia! Ah! Que diferença do que ocorria antes... Sempre que se encontravam – antes do casamento - estavam arrumados, penteados, cheirosos, maravilhosos! Mas agora, ao acordar e olhar de lado, às vezes têm até um leve susto! Surgem os conflitos...
Hora de separar? Será que a separação resolve? Na balança da indecisão, começa a pesar mais o prato das imperfeições... Ela se pergunta: como pode aquela pessoa maravilhosa, transformar-se em alguém com tantos defeitos? E o outro, seguramente, se faz os mesmos questionamentos a respeito do parceiro.
É hora de tentar equilibrar os pratos, colocando na balança, os momentos de alegria... As pequenas coisas que os faziam rir antes; os cabelos brancos adquiridos juntos; os quilinhos a mais ou exageradamente a menos; as rugas... É hora de aceitar o estrago feito pelo mestre tempo nos corpos de ambos e a inexorável força da gravidade que sai derrubando tudo...
Se o parceiro não é bem o que idealizaram, com certeza foi o melhor que Deus pôde oferecer – e o que mereciam - para que cresçam juntos.
O esposo, tirano doméstico que pede à mulher total dedicação, provavelmente é o mesmo homem de outras existências, de cuja dedicação ela zombou, tornando-o agressivo. A companheira extremamente exigente, que envolve o marido em constantes crises de ciúme, é a mesma jovem que outrora foi desencaminhada por ele, com falsas promessas de amor, levando-a à degradação moral. Assim, a ambos cabe se tolerarem e se reeducarem!
Declarar que o divórcio é sempre errado é tão incorreto quanto assegurar que está sempre certo. Todo casamento dissolvido representa fracasso, pois a separação não faz parte da programação de ambos, é simplesmente uma alternativa, quando a união entra em crise insuperável.
A Doutrina Espírita não faz apologia do divórcio, mas aceita e explica racionalmente a sua necessidade em casos específicos, uma vez que há uniões em que o divórcio é compreensível e até razoável, para evitar um mal maior.
O divórcio, nesta circunstância, defendido por Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, limita-se tão-só a reconhecer uma separação já existente. É o mal menor, oferecendo aos divorciados, a oportunidade de tentarem reconstruir suas vidas e de legalizar sua nova situação perante a sociedade.
Não é lícito o divórcio, em considerando os graves problemas conjugais, à manutenção de um matrimônio que pode terminar em tragédia? Não será mais conveniente uma separação, desde que a reconciliação se tornou impossível?
Não têm direito, ambos, a uma nova tentativa de felicidade, ao lado de outrem, já que se não entendem? A resposta é sim.
Quem se casa e promete conviver bem com seu parceiro, mas abandona o barco ao menor indício de tempestade, certamente será responsável pelos destinos daqueles que abandona à deriva, à própria sorte. Isso será, fatalmente, plantação amarga num futuro próximo ou distante, cuja colheita será obrigatória.
Não basta casar-se. É importante saber para quê. Muitos dirão que a resposta é óbvia, que as pessoas casam-se por amor. Pode ser e deveria ser... O amor, porém, reclama adubação constante, pois a felicidade na comunhão afetiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia.
Acredito piamente que no casamento, amar é, acima de tudo, olhar ambos na mesma direção, sonhar os mesmos sonhos e construir em conjunto.
Em verdade, o que mantém o matrimônio não é apenas a beleza do parceiro ou o prazer sexual, ambos importantíssimos, mas por si sós insuficientes, pois também a amizade, o respeito, o desprendimento, o carinho, etc., alimentam os laços matrimoniais.
O casal, ainda no plano espiritual, combina o reencontro no matrimônio, convencidos de que a união de ambos é um bom programa de obrigações reeducativas. Reencarnam e se casam.
Com o passar dos dias, os dois vão se conhecendo melhor, e percebem que o outro não era bem aquilo que parecia ser. Ele passa a noite roncando; ela fala dormindo a noite toda; ele quer dormir e ela assistir TV no quarto; ele tem o péssimo hábito de deixar a tampa do assento sanitário aberta e ela insiste em deixá-la fechada!
Ele deixa o tubo dental sempre aberto e ela deixa pedaços de fio dental espalhados pela pia! Ah! Que diferença do que ocorria antes... Sempre que se encontravam – antes do casamento - estavam arrumados, penteados, cheirosos, maravilhosos! Mas agora, ao acordar e olhar de lado, às vezes têm até um leve susto! Surgem os conflitos...
Hora de separar? Será que a separação resolve? Na balança da indecisão, começa a pesar mais o prato das imperfeições... Ela se pergunta: como pode aquela pessoa maravilhosa, transformar-se em alguém com tantos defeitos? E o outro, seguramente, se faz os mesmos questionamentos a respeito do parceiro.
É hora de tentar equilibrar os pratos, colocando na balança, os momentos de alegria... As pequenas coisas que os faziam rir antes; os cabelos brancos adquiridos juntos; os quilinhos a mais ou exageradamente a menos; as rugas... É hora de aceitar o estrago feito pelo mestre tempo nos corpos de ambos e a inexorável força da gravidade que sai derrubando tudo...
Se o parceiro não é bem o que idealizaram, com certeza foi o melhor que Deus pôde oferecer – e o que mereciam - para que cresçam juntos.
O esposo, tirano doméstico que pede à mulher total dedicação, provavelmente é o mesmo homem de outras existências, de cuja dedicação ela zombou, tornando-o agressivo. A companheira extremamente exigente, que envolve o marido em constantes crises de ciúme, é a mesma jovem que outrora foi desencaminhada por ele, com falsas promessas de amor, levando-a à degradação moral. Assim, a ambos cabe se tolerarem e se reeducarem!
Declarar que o divórcio é sempre errado é tão incorreto quanto assegurar que está sempre certo. Todo casamento dissolvido representa fracasso, pois a separação não faz parte da programação de ambos, é simplesmente uma alternativa, quando a união entra em crise insuperável.
A Doutrina Espírita não faz apologia do divórcio, mas aceita e explica racionalmente a sua necessidade em casos específicos, uma vez que há uniões em que o divórcio é compreensível e até razoável, para evitar um mal maior.
O divórcio, nesta circunstância, defendido por Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, limita-se tão-só a reconhecer uma separação já existente. É o mal menor, oferecendo aos divorciados, a oportunidade de tentarem reconstruir suas vidas e de legalizar sua nova situação perante a sociedade.
Não é lícito o divórcio, em considerando os graves problemas conjugais, à manutenção de um matrimônio que pode terminar em tragédia? Não será mais conveniente uma separação, desde que a reconciliação se tornou impossível?
Não têm direito, ambos, a uma nova tentativa de felicidade, ao lado de outrem, já que se não entendem? A resposta é sim.
Quem se casa e promete conviver bem com seu parceiro, mas abandona o barco ao menor indício de tempestade, certamente será responsável pelos destinos daqueles que abandona à deriva, à própria sorte. Isso será, fatalmente, plantação amarga num futuro próximo ou distante, cuja colheita será obrigatória.
Não basta casar-se. É importante saber para quê. Muitos dirão que a resposta é óbvia, que as pessoas casam-se por amor. Pode ser e deveria ser... O amor, porém, reclama adubação constante, pois a felicidade na comunhão afetiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia.
Acredito piamente que no casamento, amar é, acima de tudo, olhar ambos na mesma direção, sonhar os mesmos sonhos e construir em conjunto.
Agnaldo Cardoso
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