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01 março 2015

As pequenas provas de nossos dias... - Wellington Balbo


AS PEQUENAS PROVAS DE NOSSOS DIAS

Segundo o Espiritismo vivemos em um planeta de provas e expiações, o que nos coloca frente a grandes desafios existenciais que devem ser encarados sem pestanejar.

Jesus, aliás, bem antes da doutrina espírita afirmava que no mundo teríamos aflições.

Claro, melhor do que qualquer pessoa deste planeta Jesus sabia que por conta de nosso nível evolutivo passaríamos por situações um tanto quanto complicadas, mas perfeitamente superáveis. Portanto, não é novidade que seremos de vez em quando, ou de vez em sempre, visitados pelas dificuldades que, em realidade, são desafios para nossa evolução.

Até ai tudo tranquilo, tudo beleza.

Mas quais são essas provações?

Dos mais variados segmentos. Prova da paciência, resignação, humidade, ingratidão, enfermidade, dificuldade financeira...

Em suma, a única coisa que sabemos fielmente é a de que essas provações virão justamente ao encontro do que necessitamos aprender.

Logo, são pedagógicas, jamais punitivas.

Venceremos todas as provações da existência?

Pode ser que sim, pode ser que não. Entretanto, os Espíritos informam que utilizando a boa vontade todas as provações são superáveis. Ah, poucos dentre vós têm boa vontade, dizem os sábios da espiritualidade.

Pois é, como dito acima, dependerá muito de nós.

Perceba, porém, caro leitor, que nas provações mais complexas em que somos encurralados pela vida, em geral vencemos. E vencemos porque geralmente no caso das calamidades existenciais nos apegamos a Deus, oramos, pedimos forças e serenidade e o Pai não nos abandona.

Por isso, por conta de nossa boa vontade e da ajuda dos bons espíritos saímos vencedores das grandes provações.

Recordo-me quando tive grave problema de saúde e quase mudei para o além. Tirei forças sabe Deus de onde para vencer aquela situação. E, com a ajuda de Deus e dos amigos eu consegui.

Confesso à vocês que foi mais tranquilo enfrentar o processo de enfermidade do que, por exemplo, conseguir controlar minha impulsividade.

Enquanto aquele processo todo durou 1 ano eu convivo com as dificuldades oriundas de minhas aitudes impulsivas há séculos.

Todavia, este exemplo é apenas para ilustrar como nos tornamos fortes nas grandes adversidades.

Por isso creio não serem as grandes adversidades e provações existenciais os maiores vilões do bom convívio e da fraternidade entre as pessoas. O problema reside em outro lugar: Nas pequenas coisas.

Exatamente.

Nos pequenos aborrecimentos, nas questiúnculas que nos tomam tempo demasiado e importante, nas polêmicas estéreis, nas discussões infrutíferas, nos considerados temas banais do cotidiano que residem nossa mais complicada prova.

São essas provações as mais perigosas e que causam o esfacelamento das instituições, a ruptura de amizades, o naufrágio de nobres ideais...

E poucos se dão conta porque elas são aparentemente inofensivas, quase invisíveis.

Entretanto, aos poucos fazem ruir paredes.

Por isso os Espíritos inferiores, porém de inteligência mais aguçada não colocam grandes problemas em nossas mãos porque sabem que nos grandes entraves existenciais tendemos a procurar Deus e os afastamos.

Portanto, tomemos cuidado com as pequenas coisas, as questiúnculas irrisórias, as polêmicas estéreis, porque é no acúmulo das pequenas coisas que residem os grandes problemas futuros que nos fazem cair.

E então os grupos espíritas ou não vão se esfacelando e paulatinamente amizades vão minando e a desunião se estabelece naufragando nobres ideais de servir no campo do bem... Cuidado, pois, com os pequenos melindres, os pequenos problemas, as mínimas pedras do cotidiano, porque são essas situações que derrotam o gigante...

Uma questão a refletir.



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