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28 maio 2016

Xipófagos - Ricardo Di Bernardi


 
XIPÓFAGOS


Os chamados xifópagos, conhecidos a nível popular como gêmeos siameses, são aqueles que apresentam seus corpos unidos por um segmento físico. Comumente se observa o uso indevido do termo “xipófago”, ao invés da designação correta, xifópago.

 A nomenclatura provém de xifoide, que é apêndice terminal do osso  denominado  “esterno” ( com “s” ) ,  situado na frente do tórax onde se unem as costelas, como se esses gêmeos fossem ligados por esta parte do corpo; aliás, isso frequentemente  não corresponde à realidade. As ligações podem se efetuar por diversos órgãos ou segmentos corporais, inclusive, inviabilizando a gestação ou sobrevivência de ambos os recém-natos.

Na situação onde duas entidades espirituais se ligam à esfera perispiritual materna e, posteriormente, ao fluido vital do óvulo, este tende a se bipartir  quando ocorre a fecundação, uma vez que,  a célula germinativa  está sob a influência de duas energias espirituais diferentes. No início da embriogênese, quando o ovo inicia sua multiplicação, há a separação em duas células que desenvolverão dois organismos filhos.

Quando se processa uma separação total, nascem gêmeos univitelíneos normais. No entanto, no caso dos xifópagos, permanecem unidos por um ponto ou segmento que se desenvolve durante a gestação, originando a ligação física de duas criaturas. Essa ligação pode se efetuar inclusive por órgãos vitais, impossibilitando a intervenção cirúrgica, especialmente em determinadas regiões do planeta onde os recursos são ainda rudimentares na área da assistência médica.

Do ponto de vista da ciência espírita, temos a informação que as  pessoas  costumam  se  vincular  energeticamente a outras,  pela  sua postura mental. Há casos onde esta fixação atinge níveis patológicos de ligação e  de intercâmbio energético-vibratório entre ambas.       

Espíritos que se odeiam mutuamente, por exemplo, mantém um estreito e intenso fluxo de energia entre si prendendo-se reciprocamente. Em muitas circunstâncias, não há possibilidade em curto prazo ou mesmo em médio prazo, de se dissolver estas ligações para a recuperação psíquica de ambos os envolvidos.

 À medida que os anos passam, no mundo espiritual,  a imantação se acentua atingindo níveis graves de comprometimento do corpo astral dos mesmos.

A anestesia temporária, pela terapia de nova reencarnação, poderá servir de impulso renovador na reconstituição da normalidade.

Considerando sempre que os pais são coparticipes do processo, os vínculos comuns do pretérito é que os leva a vivenciar esta situação. Não são, portanto, vítimas inocentes de uma lei natural injusta e arbitrária.

Os reencontros são decorrentes de afinidades que se atraem, conforme a sintonia energética; nada mais é que o  seu merecimento ou consequência da lei natural de causa e efeito que se opera automaticamente.

Inimigos, que estabelecem vínculos expressivos e desequilibrantes, retornam juntos e unidos. Não conseguem se separar, jungidos pelo forte laço extrafísico que se expressará pela equivalente ligação biológica.

Em outros casos,  quando existiam obsessões de naturezas diversas onde a dupla se realimentava por vias anormais, e mútuas, só a drenagem para a periferia física desta ligação, poderá facilitar o rompimento energético já estabelecido. Renascem então, ligados.

A visão espiritual do processo, além de poder contribuir cientificamente em futuro próximo, para a compreensão da gênese do problema, serve desde já, também, para alertar com relação às fixações monoideísticas desequilibrantes.

Além  dos  recursos  clássicos   convencionais, a  terapia da     prece,     no   sentido   de   doação  energética, é o recurso ideal para atenuar o sofrimento dos envolvidos nesta dolorosa situação.

 A aplicação dos passes e o esclarecimento aos familiares são indispensáveis  para suavizar as dores e apontar a solução, que se descortinará para eles em futuro próximo : a reconciliação, e a união pelo vínculo normal e saudável do amor.

 
Dr. Ricardo Di Bernardi
Alvorada de Luz - Londrina PR- julho 2001
Revista Espírita Allan Kardec - Goiânia, GO ano XII Nº 50

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