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29 junho 2018

Nossa Memória - Domério de Oliveira



NOSSA MEMÓRIA


Podemos dizer que a memória é aquela faculdade que possuímos de reter e de recordar o passado. A recordação é um fato insofismável. Todos nós, por certo, agasalhamos as lembranças dos nossos episódios idos e vividos. Agora, perguntamos:

- Onde está situada a nossa memória? Seria naquela parte súpero-anterior do encéfalo? Acreditamos que não, pois o nosso cérebro, especificamente a glândula pineal, são órgãos físicos destinados à filtragem das irradiações do Espírito.

Dizem os estudiosos e cientistas que as moléculas, que compõem nosso corpo físico, entram em um verdadeiro turbilhão vital, apresentando renovações constantes.

Assim, também, as moléculas do nosso cérebro ingressam no processo de renovação. Ante o exposto, cai por terra a afirmativa de que o cérebro somático poderia ser a sede da memória.

Se as moléculas do cérebro se renovem, como poderia o mesmo arquivar os fatos registrados pela memória? Apoiados na Doutrina Espírita, podemos afirmar que existe em nós um princípio que não muda e cuja natureza invisível não está, como a matéria, submetida à destruição. É a nossa alma, que conserva a lembrança dos fatos.

A ALMA É A SEDE DA NOSSA MEMÓRIA. Tanto isso é verdade que os Espíritos conservam as lembranças de todos os passos que deram em suas encarnações. As teorias materialistas procuram suprimir as nossas responsabilidades, mas sabemos que elas permanecem. Não podemos passar uma esponja sobre o passado, pois a nossa memória espiritual é um verdadeiro arquivo, através do subconsciente.

Tudo aquilo que já fizemos, por certo, fica arquivado em nosso perispírito. Sentimo-nos felizes quando nos lembramos dos gestos fraternos, mas o dedo do remorso, através da memória espiritual, por certo acusa-nos dos nossos deslizes e das nossas faltas.

Léon Denis diz que: "Dadas as frustrações constantes e a renovação integral do corpo físico em alguns anos, esse fenômeno (memória), seria incompreensível sem a intervenção do perispírito, que guarda em si, gravadas na sua substância, todas as impressões de outrora.

É ele que fornece à alma a soma total dos seus estados conscientes, mesmo depois da destruição da matéria cerebral. Assim o demonstram os Espíritos nas suas comunicações, visto que conservam no Espaço até as menores recordações da sua existência terrestre". ( O problema do ser, do destino e da dor).

Nestas circunstâncias, ante o exposto, só temos que admitir que a sede da memória está na nossa alma, que se projeta à nossa massa cerebral através do nosso perispírito.

Domério de Oliveira
O Semeador, agosto/04


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