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02 outubro 2018

O quase suicídio - Nilton Moreira




O QUASE SUICÍDIO



Quando se fala em suicídio, e em setembro é comum mensagens nas redes sociais, reuniões nos mais diversos segmentos da sociedade darem destaque ao assunto, concluímos que é o ato pelo qual alguém tira a própria vida. Mas se a pessoa não chega a morrer o ato passa a ser tratado como tentativa de suicídio, o que a própria Lei humana prevê não ser punível, a não ser quando existe a instigação ao consumado, pois que se trata de decisão pessoal de cada indivíduo que vendo que não tem saída para seu problema a extingue.

Mas existe o quase suicídio que não deixa de ser também grave.

Em muitas situações da vida, isto é, ao longo da nossa permanência aqui na Terra, certamente vamos ter de enfrentar alguns problemas, mesmo que procuremos ter bons pensamentos e tentar não praticar mal a outrem. Quantos se desesperam por ocasião do passamento de pessoa querida, ou ás vezes não tão querida, mas é a que dava suporte financeiro a família? Quantos entram em pânico em razão de perderem fortunas em ações judiciais ou por mau negócio concretizado? Quantos cometem injustiças ou até crimes hediondos e depois se arrependem e ficam impossibilitadas de reparar o erro? Quantos sofrem acidentes dos mais diversos e após longo tratamento doloroso ficam com mobilidade parcial ou ás vezes em uma cama?

Pois é, o fato de não conseguir meios para enfrentar todos estes momentos difíceis que lembrei, entrando em depressão, angústia profunda, tristeza avassaladora, revolta com todos que os cercam, procurando colocar a culpa em alguém ou alimentando sentimento de vingança, ou até mesmo passando a viver com o pensamento voltado para uma punição pela justiça que normalmente leva muitos anos para sentenciar, tudo isso faz com que a pessoa transforme seu organismo num complexo gerador de energia ruim, cujo contaminado é ela própria, podendo a qualquer momento fazer eclodir em si doenças das mais variadas e até gravíssima ao cabo de alguns anos. Isso pode ser interpretado como quase suicídio, pois o indivíduo deixa de existir no meio para o qual veio a Terra, passando a ocupar sua mente apenas com questões de baixo padrão vibratório.

Pensamento é energia poderosa, e o primeiro a ser envolvido por ela é o pensador. Quando emanamos um mau conceito o primeiro a banhar-se neste fluido somos nós, para depois o alvo ser alcançado. O famoso olho grande, ou olho gordo, maquiado pelo nome de inveja ou ciúmes, existe sim e sabemos da sua letalidade.

O quase suicídio é um atraso muito grande na nossa trajetória na Terra, pois viemos aqui para progredir, nos melhorar, sermos resignados. De que adianta, por exemplo, um casal viver harmonicamente um tempo e depois passar a brigar constantemente, e ao cabo de alguns anos voltarem à harmonia? Será que valeu a pena o tempo perdido com as brigas? Certamente que não.

Então, temos que desenvolver em nós meios de enfrentar as intempéries que surgirem, sem desespero, pensando tudo ter saída. Não estamos abandonados na Terra. Existe um Ser Supremo que permitiu que aqui viéssemos e nos possibilita todos os meios de enfrentamentos, bastando que não percamos o endereço Dele, e peçamos socorro no momento certo.

Muita harmonia amigos.

Nilton Moreira 
Coluna Semanal A Vida Além da Vida
Fonte: Spirit Book

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