RESGATES COLETIVOS E O ESPIRITISMO
Constantemente vemos desastres coletivos que podem surpreender a humanidade de várias maneiras. Desastres ambientais, naturais ou grandes acidentes que culmina na vida de várias pessoas. O que nos leva a refletir sobre o porquê acontece dessa forma, destroçando vida de famílias e pessoas e emocionando o mundo, tamanha é a surpresa e a tristeza que isso acontece.
No livro Chico Xavier Pede Licença, no capítulo 19 intitulado de Desencarnações Coletivas, o espírito Emmanuel responde a seguinte questão:
Pergunta: “Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?” (Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).
Resposta: “Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Humano, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio. Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente. É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.”
Como incêndios em lugares com muitas pessoas, quedas em avião ou desastres naturais como deslizamentos, estão ligadas a buscas coletivas? Para uma explicação mais detalhada, afim de que possa compreender melhor como funciona, no livro continua que:
“Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontros marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos. Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras. Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos no Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas. Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.”
De acordo com o site O Tempo, Marcelo Gardini, da União Espírita Mineira, diz que o médium Chico Xavier sempre falava que os resgates em massa acontecem em momentos de transição. “Geralmente eles acontecem quando um grupo de pessoas precisa passar por determinada prova de ‘desencarne’ ou desencarnação. Por meio da misericórdia divina, essas pessoas são encaminhadas para experienciar juntas uma tragédia, a fim de sanar débitos coletivamente.”
Crê que o desencarne coletivo acontece quando os espíritos envolvidos precisam buscar um resgate semelhante, que não necessariamente estejam ligados, porém, de alguma forma precisa-se ter alguma semelhança ao destino que foi proposto. Acredita-se que, ao reencarnar, cada indivíduo tem o livre arbítrio de fazer escolhas, podendo ou não suavizar ou piorar suas dívidas.
Marcelo completa que “O espírito não traz essas lembranças, pois passa pela nuvem do esquecimento.
Ao longo de nossa trajetória pode acontecer, mediante nossa maturidade espiritual e nossas necessidades, de algo desse compromisso ser revelado. Mesmo nos desencarnes coletivos, quando o contexto é o mesmo, cada pessoa vivencia uma experiência individual. Nenhum desencarne é igual ao outro, e é preciso que busquemos compreender a razão da dor”.
Assim, o desencarne coletivo funciona como catalisador, ao deparar-se com indivíduos improváveis e os colocando no mesmo ambiente, o que possibilita um desencarne semelhante, mesmo que não estejam ligados em vida. Por exemplo, um grave incêndio que ceifa a vida de pessoas que, aparentemente, não tinham ligação, mas, que possuíam um propósito de resgate semelhantes.
Ou em desastres naturais como em Brumadinho, município de Belo Horizonte, que teve a morte de 65 pessoas e 279 desaparecidos. Vale lembrar, que foram acidentes podendo ser evitados, mas que culminaram em tragédias por conta de ações da sociedade. Ações dessa mesma trajetória, a barragem de Brumadinho não era fiscalizada, e após o acidente de Mariana (MG), o alerta e o cuidado deveriam ser maiores.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 27, item 12, diz Allan Kardec que esses males se dividem em duas partes: 1) a dos que o homem não pode evitar; 2) a dos causados pela “incúria” ou excessos das pessoas. E completa: “Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte de suas aflições, às quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência”.
Fica entendido, portanto, que um dos maiores causadores de desastres coletivos, é o próprio homem, por causa de ambição, não mede suas consequências e não pensa no próximo. Dessa forma, é necessário ter em mente, que por mais triste e catastrófico um desastre possa parecer, desencarnar dessa maneira não é, de maneira alguma uma punição ou castigo. Apenas a lei básica de ação e reação, causa e consequência, e que os envolvidos nos acidentes, em espírito, concordaram, para que assim, possam progredir e evoluir.
É de nosso dever, sempre, agir com amor para o próximo e com Deus, além de, fazer uma prece para que os espíritos que desencarnem em situações assim sejam amparados por espíritos nobres e que se curem, que eles encontrem as respostas necessárias para bom entendimento e assim, se desenvolver cada vez mais espiritualmente.
No livro Chico Xavier Pede Licença, no capítulo 19 intitulado de Desencarnações Coletivas, o espírito Emmanuel responde a seguinte questão:
Pergunta: “Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?” (Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).
Resposta: “Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Humano, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio. Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente. É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.”
Como incêndios em lugares com muitas pessoas, quedas em avião ou desastres naturais como deslizamentos, estão ligadas a buscas coletivas? Para uma explicação mais detalhada, afim de que possa compreender melhor como funciona, no livro continua que:
“Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontros marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos. Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras. Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos no Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas. Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.”
De acordo com o site O Tempo, Marcelo Gardini, da União Espírita Mineira, diz que o médium Chico Xavier sempre falava que os resgates em massa acontecem em momentos de transição. “Geralmente eles acontecem quando um grupo de pessoas precisa passar por determinada prova de ‘desencarne’ ou desencarnação. Por meio da misericórdia divina, essas pessoas são encaminhadas para experienciar juntas uma tragédia, a fim de sanar débitos coletivamente.”
Crê que o desencarne coletivo acontece quando os espíritos envolvidos precisam buscar um resgate semelhante, que não necessariamente estejam ligados, porém, de alguma forma precisa-se ter alguma semelhança ao destino que foi proposto. Acredita-se que, ao reencarnar, cada indivíduo tem o livre arbítrio de fazer escolhas, podendo ou não suavizar ou piorar suas dívidas.
Marcelo completa que “O espírito não traz essas lembranças, pois passa pela nuvem do esquecimento.
Ao longo de nossa trajetória pode acontecer, mediante nossa maturidade espiritual e nossas necessidades, de algo desse compromisso ser revelado. Mesmo nos desencarnes coletivos, quando o contexto é o mesmo, cada pessoa vivencia uma experiência individual. Nenhum desencarne é igual ao outro, e é preciso que busquemos compreender a razão da dor”.
Assim, o desencarne coletivo funciona como catalisador, ao deparar-se com indivíduos improváveis e os colocando no mesmo ambiente, o que possibilita um desencarne semelhante, mesmo que não estejam ligados em vida. Por exemplo, um grave incêndio que ceifa a vida de pessoas que, aparentemente, não tinham ligação, mas, que possuíam um propósito de resgate semelhantes.
Ou em desastres naturais como em Brumadinho, município de Belo Horizonte, que teve a morte de 65 pessoas e 279 desaparecidos. Vale lembrar, que foram acidentes podendo ser evitados, mas que culminaram em tragédias por conta de ações da sociedade. Ações dessa mesma trajetória, a barragem de Brumadinho não era fiscalizada, e após o acidente de Mariana (MG), o alerta e o cuidado deveriam ser maiores.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 27, item 12, diz Allan Kardec que esses males se dividem em duas partes: 1) a dos que o homem não pode evitar; 2) a dos causados pela “incúria” ou excessos das pessoas. E completa: “Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte de suas aflições, às quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência”.
Fica entendido, portanto, que um dos maiores causadores de desastres coletivos, é o próprio homem, por causa de ambição, não mede suas consequências e não pensa no próximo. Dessa forma, é necessário ter em mente, que por mais triste e catastrófico um desastre possa parecer, desencarnar dessa maneira não é, de maneira alguma uma punição ou castigo. Apenas a lei básica de ação e reação, causa e consequência, e que os envolvidos nos acidentes, em espírito, concordaram, para que assim, possam progredir e evoluir.
É de nosso dever, sempre, agir com amor para o próximo e com Deus, além de, fazer uma prece para que os espíritos que desencarnem em situações assim sejam amparados por espíritos nobres e que se curem, que eles encontrem as respostas necessárias para bom entendimento e assim, se desenvolver cada vez mais espiritualmente.
Julia Thaís Porciúncula Serra
Fonte: Blog Letra Espírita
Fonte: Blog Letra Espírita
Referências:
DINIZ, Ana Elizabeth. As desencarnações coletivas. O TEMPO. Disponível em: Acessado em: 27 dez. 2021
NETO, Valentim. CHICO XAVIER PEDE LICENÇA. 2016
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