Ao homem que alegou perante os Céus
Que de nada dispunha para dar
Por sentir-se tão pobre quão sozinho,
O Senhor concedeu a benção de escutar
As migalhas e cousas do caminho!. . .
Disse-lhe um pão largado a um canto da sacola:
Dá-me a feliz esmola
De poder amparar!
Passaram hoje aqui dois pequenos sem nome. . .
Ah!. . . Quanto desejei arredá-los da fome!. . .
Para ajudar, porém, necessito, primeiro,
De tuas mãos, nobre companheiro,
porquanto, é lei de Deus, na exaltação do bem,
Que pessoa nenhuma
Possa melhor servir sem apoio de alguém. . .
Uma rosa a entreabrir-se, acetinada e bela,
Exclamou da janela:
O vento da manhã explicou-me que existe
Em vizinho hospital!
Uma jovem doente abandonada e triste,
Desejando uma flor. . .
Quero sair daqui
Para ofertar-lhe ao peito uma nota de amor
Mas para realizar o sonho
Em que, pobre de forças, me agasalho,
Tentando transformar-me em fé, simpatia e trabalho,
Nada posso sem ti!. . .
Um bloco de papel atirado ao relento
Rogou, a sacudir-lhe o pensamento:
Vem agora comigo,
O impulso de teu lápis não me cansa,
Anseio ser contigo
A carta mensageira de esperança!. . .
Antigo cobertor aposentado
Transmitiu-lhe um recado:
O irmão enfermo, em frente, pede caridade,
Não me conserves sem utilidade. . .
Devo entregar-lhe a paz contra a guerra do frio,
Para isso, porém, neste culto de amor,
A fim de que eu lhe dê o amparo do calor,
Tanto ao catre vazio
Quanto ao corpo cansado de exaustão,
Não te dispenso a colaboração. . .
Pequenina moeda ergueu a voz
E falou-lhe do bolso em que jazia:
Pobre mão de criança semimorta
Veio hoje e pediu socorro à porta. . .
Leva-me a trabalhar.
Suplico a Deus para que alguém me aceite,
Preciso converter-me em xícara de leite
Que nutra, reconforte
E arranque essa criança ao domínio da morte!. . .
O homem renovado
Aguçou a atenção e escutou, mais além. . .
Sementes, fruto, fontes,
Os legumes do vale e as árvores dos montes. . .
Tudo era aceno e voz para o convite ao bem!. . .
Integralmente transformado,
Ouvindo a natureza, em derredor,
Viu-se rico e feliz, firme, grande, maior,
E exclamou para os Céus,
Em júbilo profundo:
Obrigado, meu Deus,
O Dom de trabalhar é o tesouro do mundo,
Ensina-me a servir,
Sê louvado, Senhor,
Na grandeza da vida e na benção do amor!. . .
Que de nada dispunha para dar
Por sentir-se tão pobre quão sozinho,
O Senhor concedeu a benção de escutar
As migalhas e cousas do caminho!. . .
Disse-lhe um pão largado a um canto da sacola:
Dá-me a feliz esmola
De poder amparar!
Passaram hoje aqui dois pequenos sem nome. . .
Ah!. . . Quanto desejei arredá-los da fome!. . .
Para ajudar, porém, necessito, primeiro,
De tuas mãos, nobre companheiro,
porquanto, é lei de Deus, na exaltação do bem,
Que pessoa nenhuma
Possa melhor servir sem apoio de alguém. . .
Uma rosa a entreabrir-se, acetinada e bela,
Exclamou da janela:
O vento da manhã explicou-me que existe
Em vizinho hospital!
Uma jovem doente abandonada e triste,
Desejando uma flor. . .
Quero sair daqui
Para ofertar-lhe ao peito uma nota de amor
Mas para realizar o sonho
Em que, pobre de forças, me agasalho,
Tentando transformar-me em fé, simpatia e trabalho,
Nada posso sem ti!. . .
Um bloco de papel atirado ao relento
Rogou, a sacudir-lhe o pensamento:
Vem agora comigo,
O impulso de teu lápis não me cansa,
Anseio ser contigo
A carta mensageira de esperança!. . .
Antigo cobertor aposentado
Transmitiu-lhe um recado:
O irmão enfermo, em frente, pede caridade,
Não me conserves sem utilidade. . .
Devo entregar-lhe a paz contra a guerra do frio,
Para isso, porém, neste culto de amor,
A fim de que eu lhe dê o amparo do calor,
Tanto ao catre vazio
Quanto ao corpo cansado de exaustão,
Não te dispenso a colaboração. . .
Pequenina moeda ergueu a voz
E falou-lhe do bolso em que jazia:
Pobre mão de criança semimorta
Veio hoje e pediu socorro à porta. . .
Leva-me a trabalhar.
Suplico a Deus para que alguém me aceite,
Preciso converter-me em xícara de leite
Que nutra, reconforte
E arranque essa criança ao domínio da morte!. . .
O homem renovado
Aguçou a atenção e escutou, mais além. . .
Sementes, fruto, fontes,
Os legumes do vale e as árvores dos montes. . .
Tudo era aceno e voz para o convite ao bem!. . .
Integralmente transformado,
Ouvindo a natureza, em derredor,
Viu-se rico e feliz, firme, grande, maior,
E exclamou para os Céus,
Em júbilo profundo:
Obrigado, meu Deus,
O Dom de trabalhar é o tesouro do mundo,
Ensina-me a servir,
Sê louvado, Senhor,
Na grandeza da vida e na benção do amor!. . .
Pelo Espírito Maria Dolores
Do livro: Encontro de Paz
Médium: Francisco Cândido Xavier
Do livro: Encontro de Paz
Médium: Francisco Cândido Xavier
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