A Humanidade é gloriosa por tudo que tem produzido de bom para os cérebros humanos, para a cultura terrestre, para o bem de si mesma.
Nesse particular, pensamos nas grandes bibliotecas que o mundo já teve, que o mundo tem, imaginando os primeiros textos, os primeiros livros que nasceram na Humanidade.
Se pudermos chamar de livros os primeiros escritos, teremos o Decálogo de Moisés, o Código de Hamurabi, o Zend Avesta, a Bhagavad-Gita dos indianos, a Bíblia indiana.
Podemos pensar nos chineses, com seu famoso I Ching. Refletimos sobre esses textos notáveis e ficamos felizes porque também conhecemos os Principia, de mais de trezentos anos, escrito por Isaac Newton, tratando de ciência.
A Humanidade conhece livros dos mais exuberantes, como O Livro dos Mortos,de Akhenaton e aí, nesse contexto enorme de literaturas, de livros, aparece um deles que nos é particularmente muito especial. Trata-se de O Livro dos Espíritos, um livro que já completou cento e cinquenta anos de existência, um livro sesquicentenário.
Mas para que uma obra desse talante, desse quilate, possa perdurar ao longo de mais de um século e meio e outros tantos que duram séculos e milênios, é por causa de sua importância para aquela leva da Humanidade para a qual eles vieram ou para os indivíduos de uma certa sociedade.
Há textos, há livros que vieram para atender a Humanidade como um todo. Quando lemos a Bíblia judaica, onde se juntam os escritos canônicos de quatro Evangelistas, os textos dos Atos dos Apóstolos, o Apocalipse de João, formando esse livro conhecido, do qual se afirmam maravilhas, pensamos em O Livro dos Espíritos.
O Livro dos Espíritos é chamado assim porque ele é um trabalho fundamentalmente dos Espíritos, sim, das almas que viveram na Terra, ou não. De seres que, em determinado momento da História da sociedade humana, entenderam que precisava a Humanidade receber instruções para continuar seus passos adiante.
E, foi por isso que surgiu em Paris, no ano 1857, O Livro dos Espíritos, seu autor ou seus autores.
Se pensarmos no seu organizador, naquele que articulou perguntas, texto, tudo muito bem contextuado, pensaremos em Allan Kardec.
Allan Kardec era o pseudônimo do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, notabilíssimo mestre-escola em Paris, laureado pela Academia de Arras, uma cidade ao norte de Paris, numa época em que essa premiação correspondia, praticamente a um Prêmio Nobel, por seus trabalhos realizados, na área da educação.
Esse professor Rivail adotou a antonomásia, o pseudônimo de Allan Kardec.
O Livro dos Espíritos nos traz verdadeiras maravilhas. Mas, lamentavelmente, no bojo da nossa sociedade contemporânea, em virtude de muitos malefícios que religiões institucionalizadas criaram na mente humana, malefícios que representam preconceitos, medos, pavores quando, ao invés de louvarem a Deus, ensinaram as pessoas a temer Satanás, O Livro dos Espíritos muitas vezes é malvisto. Há pessoas que têm verdadeiro horror do nome: Espíritos.
Mas, quando lemos a Bíblia, logo no seu primeiro versículo, lemos que: O Espírito de Deus flutuava sobre a face do abismo.
Logo, o termo Espírito não deveria oferecer amedrontamento às pessoas. Por causa disso, muita gente se impede de ler O Livro dos Espíritos. Como se ao tocá-lo, ao lê-lo, ao se situar em torno de suas páginas, fossem ficar marcadas, assinaladas por alguma negatividade. E perdem um excelente ensejo de desfazer muita ignorância em torno das questões espirituais, de encontrar roteiro para muitas de suas dúvidas e de ser feliz.
O Livro dos Espíritos é um dos trabalhos mais eloquentes, no mundo do Espiritualismo. Allan Kardec o abre, intitulando-o de Filosofia Espiritualista, no seu geral, porque atende a todas as questões do Espiritualismo Universal e no seu particular é a Doutrina Espírita.
Espírita que deu Espiritismo, exatamente porque é a doutrina, o ismo dos Espíritos. Como temos o materialismo, que é a doutrina, ismo, da matéria. Como temos o Budismo, é a doutrina, ismo, do Buda. Então, temos o Espiritismo querendo dizer que todo esse contexto e os textos de O Livro dos Espíritos vieram fundamentalmente do trabalho dos Imortais. Quem são esses Imortais?
Vultos da História passada, recente, da Europa, da Humanidade. Vultos que deram nome a muitos santos, que vibram nos altares da crença romana. Vultos que participaram das lutas da Europa, da filosofia e pessoas desconhecidas da grande massa humana.
Todos esses seres, vinculados profundamente à proposta que Jesus Cristo veio trazer a Terra. Fundamentalmente, O Livro dos Espíritos vem trazer-nos respostas a múltiplas questões relativas à: Quem somos? De onde viemos? O que nos cabe realizar aqui na Terra e para onde iremos?
O gênio pedagógico do professor Rivail, do nosso Allan Kardec, permitiu que ele dividisse, distribuísse esses temas em quatro partes.
O Livro dos Espíritos então é composto por quatro partes, se quisermos, quatro tomos ou quatro livros.
O primeiro deles: Das causas primárias. Nessas causas primárias, O Livro dos Espíritos aborda a gênese, as origens, desde Deus ao bem, ao mal, à matéria, seu surgimento, sua realidade ou não sobre o mundo.
A segunda parte de O Livro dos Espíritos é Do mundo espírita ou dos Espíritos, que nós chamamos comodamente de mundo espiritual.
Ali, Allan Kardec estudará todas as nossas relações com os seres espirituais, com os chamados mortos, ao mesmo tempo que a maneira ou as formas como os mortos se relacionam conosco.
Encontraremos na terceira parte de O Livro dos Espíritos, Das Leis Morais, em dez Leis, começando pela Lei de adoração: relação do homem com o seu Criador, até a Lei de amor, justiça e caridade, perpassando por Lei de liberdade, Lei do progresso, Lei de destruição, Lei de sociedade e outras várias, a fim de permitir que tenhamos uma elucidação sobre as coisas mais representativas da nossa vida na Terra.
E a quarta e última parte de O Livro dos Espíritos trata das consequências dos nossos atos, enquanto estamos na Terra. Trata de falar, de enfocar, como é que a Divindade analisa e reage diante de tudo que nós fazemos: Das esperanças e consolações é o título da quarta parte de O Livro dos Espíritos.
É importantíssimo pensar que essa obra, com seus esclarecimentos, com suas elucidações, vem atravessando os períodos mais densos da Humanidade, nesses cento e cinquenta anos.
Não podemos esquecer que O Livro dos Espíritos nasce em 1857, século XIX. O século XIX foi chamado século das luzes, o século em que muitos ícones foram derrubados e outros pensamentos notáveis se ergueram.
O século XIX permitiu-nos conhecer saídas da filosofia natural, várias ciências, como a física, como a química, que saiu da alquimia, como a astronomia, que saiu da astrologia empírica e várias outras ciências que se conformaram no bojo do século XIX.
Audaciosamente, o Espiritismo nasce nesse século que estava demolindo pensamentos, construindo outros. Percebemos que o Espiritismo tem o aval da Ciência e do pensamento do século XIX. O Espiritismo tem o aval dos pensamentos filosóficos de então.
Por isso vem resistindo até hoje, apesar daqueles que têm medo de tocá-lo, supondo que ao tocarmos O Livro dos Espíritos, teremos que nos tornar espíritas, quando ninguém que toque um livro de matemática se torna matemático, ninguém que leia um livro de História se torna historiador, obrigatoriamente.
Mas, com toda certeza, ao estudarmos ou lermos O Livro dos Espíritos, cento e cinquenta anos depois da sua publicação, diminuiremos fundamentalmente a nossa ignorância relativamente aos seres espirituais, que somos nós e à nossa realidade no mundo.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 191, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Nesse particular, pensamos nas grandes bibliotecas que o mundo já teve, que o mundo tem, imaginando os primeiros textos, os primeiros livros que nasceram na Humanidade.
Se pudermos chamar de livros os primeiros escritos, teremos o Decálogo de Moisés, o Código de Hamurabi, o Zend Avesta, a Bhagavad-Gita dos indianos, a Bíblia indiana.
Podemos pensar nos chineses, com seu famoso I Ching. Refletimos sobre esses textos notáveis e ficamos felizes porque também conhecemos os Principia, de mais de trezentos anos, escrito por Isaac Newton, tratando de ciência.
A Humanidade conhece livros dos mais exuberantes, como O Livro dos Mortos,de Akhenaton e aí, nesse contexto enorme de literaturas, de livros, aparece um deles que nos é particularmente muito especial. Trata-se de O Livro dos Espíritos, um livro que já completou cento e cinquenta anos de existência, um livro sesquicentenário.
Mas para que uma obra desse talante, desse quilate, possa perdurar ao longo de mais de um século e meio e outros tantos que duram séculos e milênios, é por causa de sua importância para aquela leva da Humanidade para a qual eles vieram ou para os indivíduos de uma certa sociedade.
Há textos, há livros que vieram para atender a Humanidade como um todo. Quando lemos a Bíblia judaica, onde se juntam os escritos canônicos de quatro Evangelistas, os textos dos Atos dos Apóstolos, o Apocalipse de João, formando esse livro conhecido, do qual se afirmam maravilhas, pensamos em O Livro dos Espíritos.
O Livro dos Espíritos é chamado assim porque ele é um trabalho fundamentalmente dos Espíritos, sim, das almas que viveram na Terra, ou não. De seres que, em determinado momento da História da sociedade humana, entenderam que precisava a Humanidade receber instruções para continuar seus passos adiante.
E, foi por isso que surgiu em Paris, no ano 1857, O Livro dos Espíritos, seu autor ou seus autores.
Se pensarmos no seu organizador, naquele que articulou perguntas, texto, tudo muito bem contextuado, pensaremos em Allan Kardec.
Allan Kardec era o pseudônimo do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, notabilíssimo mestre-escola em Paris, laureado pela Academia de Arras, uma cidade ao norte de Paris, numa época em que essa premiação correspondia, praticamente a um Prêmio Nobel, por seus trabalhos realizados, na área da educação.
Esse professor Rivail adotou a antonomásia, o pseudônimo de Allan Kardec.
O Livro dos Espíritos nos traz verdadeiras maravilhas. Mas, lamentavelmente, no bojo da nossa sociedade contemporânea, em virtude de muitos malefícios que religiões institucionalizadas criaram na mente humana, malefícios que representam preconceitos, medos, pavores quando, ao invés de louvarem a Deus, ensinaram as pessoas a temer Satanás, O Livro dos Espíritos muitas vezes é malvisto. Há pessoas que têm verdadeiro horror do nome: Espíritos.
Mas, quando lemos a Bíblia, logo no seu primeiro versículo, lemos que: O Espírito de Deus flutuava sobre a face do abismo.
Logo, o termo Espírito não deveria oferecer amedrontamento às pessoas. Por causa disso, muita gente se impede de ler O Livro dos Espíritos. Como se ao tocá-lo, ao lê-lo, ao se situar em torno de suas páginas, fossem ficar marcadas, assinaladas por alguma negatividade. E perdem um excelente ensejo de desfazer muita ignorância em torno das questões espirituais, de encontrar roteiro para muitas de suas dúvidas e de ser feliz.
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O Livro dos Espíritos é um dos trabalhos mais eloquentes, no mundo do Espiritualismo. Allan Kardec o abre, intitulando-o de Filosofia Espiritualista, no seu geral, porque atende a todas as questões do Espiritualismo Universal e no seu particular é a Doutrina Espírita.
Espírita que deu Espiritismo, exatamente porque é a doutrina, o ismo dos Espíritos. Como temos o materialismo, que é a doutrina, ismo, da matéria. Como temos o Budismo, é a doutrina, ismo, do Buda. Então, temos o Espiritismo querendo dizer que todo esse contexto e os textos de O Livro dos Espíritos vieram fundamentalmente do trabalho dos Imortais. Quem são esses Imortais?
Vultos da História passada, recente, da Europa, da Humanidade. Vultos que deram nome a muitos santos, que vibram nos altares da crença romana. Vultos que participaram das lutas da Europa, da filosofia e pessoas desconhecidas da grande massa humana.
Todos esses seres, vinculados profundamente à proposta que Jesus Cristo veio trazer a Terra. Fundamentalmente, O Livro dos Espíritos vem trazer-nos respostas a múltiplas questões relativas à: Quem somos? De onde viemos? O que nos cabe realizar aqui na Terra e para onde iremos?
O gênio pedagógico do professor Rivail, do nosso Allan Kardec, permitiu que ele dividisse, distribuísse esses temas em quatro partes.
O Livro dos Espíritos então é composto por quatro partes, se quisermos, quatro tomos ou quatro livros.
O primeiro deles: Das causas primárias. Nessas causas primárias, O Livro dos Espíritos aborda a gênese, as origens, desde Deus ao bem, ao mal, à matéria, seu surgimento, sua realidade ou não sobre o mundo.
A segunda parte de O Livro dos Espíritos é Do mundo espírita ou dos Espíritos, que nós chamamos comodamente de mundo espiritual.
Ali, Allan Kardec estudará todas as nossas relações com os seres espirituais, com os chamados mortos, ao mesmo tempo que a maneira ou as formas como os mortos se relacionam conosco.
Encontraremos na terceira parte de O Livro dos Espíritos, Das Leis Morais, em dez Leis, começando pela Lei de adoração: relação do homem com o seu Criador, até a Lei de amor, justiça e caridade, perpassando por Lei de liberdade, Lei do progresso, Lei de destruição, Lei de sociedade e outras várias, a fim de permitir que tenhamos uma elucidação sobre as coisas mais representativas da nossa vida na Terra.
E a quarta e última parte de O Livro dos Espíritos trata das consequências dos nossos atos, enquanto estamos na Terra. Trata de falar, de enfocar, como é que a Divindade analisa e reage diante de tudo que nós fazemos: Das esperanças e consolações é o título da quarta parte de O Livro dos Espíritos.
É importantíssimo pensar que essa obra, com seus esclarecimentos, com suas elucidações, vem atravessando os períodos mais densos da Humanidade, nesses cento e cinquenta anos.
Não podemos esquecer que O Livro dos Espíritos nasce em 1857, século XIX. O século XIX foi chamado século das luzes, o século em que muitos ícones foram derrubados e outros pensamentos notáveis se ergueram.
O século XIX permitiu-nos conhecer saídas da filosofia natural, várias ciências, como a física, como a química, que saiu da alquimia, como a astronomia, que saiu da astrologia empírica e várias outras ciências que se conformaram no bojo do século XIX.
Audaciosamente, o Espiritismo nasce nesse século que estava demolindo pensamentos, construindo outros. Percebemos que o Espiritismo tem o aval da Ciência e do pensamento do século XIX. O Espiritismo tem o aval dos pensamentos filosóficos de então.
Por isso vem resistindo até hoje, apesar daqueles que têm medo de tocá-lo, supondo que ao tocarmos O Livro dos Espíritos, teremos que nos tornar espíritas, quando ninguém que toque um livro de matemática se torna matemático, ninguém que leia um livro de História se torna historiador, obrigatoriamente.
Mas, com toda certeza, ao estudarmos ou lermos O Livro dos Espíritos, cento e cinquenta anos depois da sua publicação, diminuiremos fundamentalmente a nossa ignorância relativamente aos seres espirituais, que somos nós e à nossa realidade no mundo.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 191, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
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