Distúrbios Psicológicos - Jorge Hessen
DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS
Dez milhões de pessoas, em todo mundo, consomem substâncias
psicotrópicas para minimizar tensões nervosas, fobias e insônias, entre
outras. Uns cem milhões usam tranquilizantes, como lexotan, lorax,
anafranil, benzodiazepina, para tratamento dos sintomas psicopatológicos
como depressão, ansiedade, síndrome do pânico e estresse.
Há
momentos de inquietudes e de instabilidades emotivas nos múltiplos
setores da sociedade, em que existem de 15 a 30 milhões de pessoas com
transtornos mentais, neuroses e índices acentuados de demência, como a
epilepsia e vários outros transtornos psicóticos.
Para a
Psiquiatria, os desacertos psíquicos originam de fatores físicos. Já a
Psicologia, especialmente a Psicanálise, considera-os como reflexos de
traumas adquiridos na experiência da vida, “incrustados” no
inconsciente. A Neurologia aponta-os como alteração da sincronia
genética, interferindo na estrutura dos neurônios.
A
despeito da ação efetiva dos psicofármacos, acreditamos que eles
funcionam como paliativos nos momentos críticos das disfunções
psíquicas, até porque, os elementos geradores dessas patologias, a
rigor, não se encontram nos neurônios do cérebro, porém, na estrutura
funcional do perispírito.
André Luiz explica que “um
lago de águas agitadas não reflete a luz da estrela que jaz no
firmamento”. Pura realidade! Existem pessoas neuróticas que trabalham
com tanta voracidade, aprisionadas pela ganância ao dinheiro, numa
escala sem precedentes. Sem método, sem descanso e sem tempo para a
família. Tais pessoas chegam ao paroxismo da desertificação dos
sentimentos, numa lamentável opacidade espiritual.
Estarrece-nos
a sofreguidão da busca do sexo em que são remetidos os escravos da
luxúria nos pântanos da indigência moral, como reflexo da ociosidade.
Outros se mantêm numa exagerada genuflexão, sucumbindo na afasia.
Diante
dos ventos das adversidades e dos apelos conflituosos, em face das
competições humanas, devemos conectar o “plugue” da fraternidade, nela,
desfrutarmos o prêmio de uma vida saudável.
O matemático
e psicólogo Pedro Uspensky, discípulo do notável George Gurdieff,
sugeriu, nesse contexto, uma revisão das propostas das escolas
psicológicas, da Psicologia mecanicista, da Psicologia aplicada, do
Behaviorismo e das demais escolas psicológicas sedimentadas no
pensamento psicoanalítico de Sigmund Freud. Escudada pela retórica
eterna da mensagem da libido, deveriam essas escolas psicológicas ceder
espaço à busca da psicologia do homem como um todo, do ser integral, sem
que esse seja visto, somente, como um animal movido à sexualidade.
A
psicologia tradicional com suas teses reducionistas, não pode continuar
confundindo a psiquê com os atributos intelectivos, porém, deve
entronizar os preceitos da Psicologia transpessoal, que explica e
disseca o homem integral – a personalidade, a individualidade –
estuda-os numa simbiose harmônica. Uma individualidade eterna, que
transita em múltiplas etapas, através das imperiosas leis da
reencarnação.
À Doutrina dos Espíritos está reservada a
tarefa de alargar os horizontes das pesquisas psíquicas, contribuindo
para a solução dos enigmas que atormentam a consciência, projetando luz
nas questões desafiadoras do ser, do destino e da dor. Os processos
psicopatológicos são frutos das nossas ações e decorrem da má utilização
do livre-arbítrio. O Evangelho estabelece, como medida básica, a ética
do amor e da caridade, para a conquista da íntima harmonia psíquica.
Portanto,
com a prática dos Códigos legados pelo “PRÍNCIPE DA PAZ” a Terra, com
seus processos provacionais e expiatórios, representará magnífica escola
de crescimento individual, em cujas lições purificadoras encontraremos a
cura definitiva da maior chaga dos sentimentos humanos: O EGOISMO.
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