SERENIDADE E SABEDORIA
Todo homem sábio é sereno.
A serenidade é conquista que se consegue com o esforço pessoal, passo a passo.
Pequenos desafios que são superados; irritações que conseguimos controlar; desajustes
emocionais corrigidos; vontade bem direcionada; ambição freada, são
todas experiências para a aquisição da serenidade.
Um Espírito sereno é aquele que se encontrou consigo próprio, sabendo exatamente o que deseja da vida.
A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os que estão à volta. Inspira confiança, acalma e propõe afeição.
O homem que consegue ser sereno já venceu grande parte da luta.
Assim, não permitamos que nenhuma agressão exterior nos perturbe, causando irritação e desequilíbrio.
Procuremos manter a serenidade em todas as realizações.
A nossa paz é moeda arduamente conquistada, que não devemos atirar fora por motivos irrelevantes.
Os tesouros reais, de alto valor, são aqueles de ordem íntima, que ninguém toma, jamais se perdem, e sempre seguem com a pessoa.
Quando estejamos diante de alguém que engana, traindo a nossa confiança, o nosso ideal, procuremos nos manter serenos.
O enganador é quem deve estar inquieto, e não a sua vítima.
Em nosso círculo familiar ou social, sempre iremos nos defrontar com pessoas perturbadas, confusas e agressivas.
Não nos desgastemos com elas, competindo nas faixas de desequilíbrio
em que se fixam. Elas são um teste para a nossa paciência e serenidade.
Procuremos nos manter sempre em contato com o Alto, através da prece,
buscando continuamente compreender as situações que a vida nos
apresenta, enxergando-as como oportunidades, e não como crises.
Quem consegue manter a serenidade diante das pequenas dificuldades que surgem, vence mais facilmente os grandes desafios.
O homem sereno consegue viver mais feliz, pois nada parece afligi-lo a
ponto de fazê-lo desistir dos sonhos que traçou para si mesmo.
O homem sereno jamais busca resolver suas questões através de comportamento violento, e por isso há mais paz em sua vida.
* * *
A serenidade que Jesus mantinha em Seu coração era algo sublime.
Poucos eram aqueles que não se emocionavam em Sua presença, pois essa
virtude se exteriorizava pelo olhar tranquilo e profundo; irradiava
pelo semblante carinhoso e pacífico; emanava pelas palavras ditas com
tanto amor, que pareciam beijar e abraçar aqueles que as ouviam.
Poucos foram aqueles que não tiveram seus olhares inundados pelas
lágrimas da emoção, ao estarem na companhia do Espírito mais sereno que
já esteve na face da Terra.
Experimentando as mais cruas acusações sem uma palavra de defesa,
na mais dura soledade, sem uma só exigência, Jesus deu o testemunho
mais pesado através da agonia pelo amor.
Sem qualquer constrangimento, se manteve em serenidade admirável,
para ensinar que a dinâmica da vitória sobre si mesmo é resultante do
autodescobrimento e da aplicação das próprias forças no exercício do
perdão incondicional e a situações, pessoas e coisas da rota evolutiva.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 36, do livro Episódios diários e parágrafos finais do cap.19, do livro Florações evangélicas, ambospelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed Leal.
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