VISÃO DA VIDA
Para quem da vida apenas vê o lado material, a sofreguidão pela
conquista dos bens terrenos e a inquietação ante os problemas constituem
razões prioritárias.
Colocando na morte o termo da vida, todas as cogitações transitam no
círculo estreito dos interesses imediatos, sem encontrar motivação para
mais amplos e audaciosos vôos do pensamento.
Em decorrência, os interesses giram no estreito espaço das paixões dissolventes e inquietantes.
Todas são questões de efêmera duração, pela própria conjuntura em que se situam.
A dor, os problemas, em tais casos se apresentam como desgraças.
Os caprichos não atendidos e os desejos não supridos tornam-se razão de desdita e loucura.
É muito diminuta a visão da vida sob a colocação da realidade corporal.
Quando o homem considera a vida uma oportunidade valiosa de crescimento
moral e de conquista dos valores eternos, bem diversas são as colocações
filosóficas em que se movimenta.
Os sofrimentos adquirem um significado próprio dos quais retira valiosos recursos de paz e temperança para uma vivência útil.
O fardo dos problemas se dilui ante uma atitude correta de considerar as
dificuldades e sublevá-las, solucionando cada uma conforme esta se
apresente.
Advém, então, um natural desapego aos bens físicos, por entender quão
transitória é a posse e como varia de mãos em breve tempo...
Um sentimento de solidariedade espontânea toma corpo nas atitudes,
propiciando alegria de servir e, ao mesmo tempo, dilatando os objetivos
do existir.
Evite impressionares-te em excesso com as posições breves da pobreza e
da fortuna, da saúde e da enfermidade, da juventude e da velhice...
Considera a vida sob o ponto de vista global - no corpo e fora dele -,
assim adquirindo harmonia íntima e real visão das suas finalidades.
Atribui a cada fato, acontecimento, questão, o valor que realmente
mereça, tendo em vista a curta duração do corpo e a destinação do
Espírito.
Descobrirás, então, como agir e superar os limites, seguindo, tranqüilo, na direção do destino ideal.
Livro: Alerta
Espírito de Joanna de Ângelis
Médium: Divaldo P. Franco
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