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13 março 2013

Faixa da Conversação - Miramez


FAIXA DA CONVERSAÇÃO

Quando abrires a boca para início de conversação, é providencial que não te esqueças de analisar, com Jesus, o que vais falar aos outros, porque o que semeares na mente do teu próximo colherás com abundância, de formas variadas. Esta é a lei: recebemos o que damos.

Devemos ser permanentes na arte da autoeducação e da voz. A maneira de falar é, pois, o juiz do orador. O costume de pronunciar palavras lapidadas na ternura, na cordialidade, na brandura e respeito, leva-nos ao ponto alto do amor, de sorte que os anjos respondem a esse esforço, por vezes com presença espiritual inesquecível. É o céu vindo a nós, por termos aberto as portas do coração.

Quem conhece um pouco sobre a palavra e a fisionomia, lê por fora o que somos por dentro, mesmo que façamos todo esforço possível para esconder a realidade. Cabe-nos anunciar que é impossível esconder o que se passa em nosso íntimo, pois a faixa de sintonia da mente com o corpo é completa. Quando os pensamentos estão desajustados, o físico entra em decadência. Quando o corpo está enfermo, a mente se desequilibra.

É inciativa de ouro procurarmos os dois tratamentos, do corpo e da mente. E podes fazer muito, quando dispões de boa vontade. Se ainda não conseguiste educar os teus pensamentos, se as tuas ideias estão desarmonizadas, começa com a disciplina das conversações e vai fazendo como se estivesses subindo uma escada, até alcançares os altiplanos da mente. Aí, então, poderás subir e descer nesse trabalho de ajuste e conserto da tua própria personalidade.

Cada criatura tem um nível de conversação, e já assentou as bases dos assuntos nos moldes escolhidos por influência do meio e pelo que atingiu na escala de elevação almejada. Compete à alma desdobrar-se em esforço maior, buscando mais além, por ter chegado o tempo de quem pretende iluminar-se.

Já tiveste a oportunidade de observar a maravilha da natureza em uma cachoeira, na profusão de água que beneficia as coisas e os homens? Pois bem, a tua boca pode ser como a cachoeira, o veículo do manancial existente em ti, com propriedades maiores. E pode ser uma profusão de fluidos espirituais, ajudando a humanidade, sem exclusão de uma só pessoa, plantas ou animais, e até mesmo da natureza, que está nos despertando para tal. Ao abrires as comportas dos lábios nunca te esqueças de que irás oferecer água aos sedentos, e do tipo de líquido que deve ser dado aos que choram e sofrem de sede espiritual. Cuidando bem dessa fonte, ela se tornará como aquela que Jesus fez nascer no coração da samaritana, ao lado do poço de Jacó, noticiada por João, no capítulo quatro, versículo quatorze: “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede, pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna”. E acrescenta adiante: “Quem crer em mim, como diz a escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. – anotado pelo mesmo apóstolo, no capítulo sete, versículo trinta e oito.

Nós outros devemos proceder qual a samaritana: pedir ao Senhor que desperte em nós essa fonte que já trazemos no coração por bênçãos de Deus, e que nos ajude a mantê-la como suprimento inesgotável para a vida eterna… Para tanto, temos de lutar um pouco. O Senhor, verdadeiramente, nos ajuda mais do que pensamos. No entanto, os primeiros passos haverão de ser nossos. Andemos logo, que os caminhos ficarão mais curtos. Tornemos a andar, que nos aproximaremos da meta. Esforcemo-nos de novo, que a glória nos banhará com a luz do próprio esforço.

Saiamos da faixa das conversações inferiores, para o dinâmico nivelamento das palavras divinas, que encantam, disciplinam e educam, quando Deus nos usa como mestres e alunos, sem nos desligar de todos os nossos irmãos em Cristo Jesus. E, depois, dirás com alegria: “como é bom falar, vibrando a língua na faixa da luz”!

Livro Horizontes da Fala, cap. 15, Espírito Mirames – psicografia de João Nunes Maia.

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