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17 outubro 2013

Sua Relação com o Pensamento - Espírito Joanes


SUA RELAÇÃO COM O PENSAMENTO 
Tão importante quanto a chegada do ser espiritual ao corpo físico, no fenômeno da reencarnação, é a sua saída do corpo fisiológico, quando da desencarnação.

Num caso, o evento ganha aspecto de gravidade em função das responsabilidades trazidas à vida física pelo reencarnante, as expectativas sobre os passos e caminhos a serem percorridos no mundo corporal e quanto ao maior ou menor aproveitamento das ocasiões com as quais o reencarnado se defrontará...

Porém, a gravidade da saída das cadeias celulares está no fato de que nessa ocasião, ao termo de mais uma etapa, estará determinado o nível dos méritos e dos deméritos desenvolvidos pela alma desprendida do corpo carnal. Não há mais como remediar as decisões mal tomadas, não há mais como voltar atrás quanto às providências que se tornaram causa de perturbação ou tragédia para muitos ou para poucos.

A seriedade do momento final do corpo orgânico está também nos registros psíquicos dos desencarnados e na repercussão desses registros sobre o corpo espiritual ou períspirito.

A manutenção das situações ruins ou a fruição das agradáveis estesias, tudo se intensifica por meio da desencarnação.

No mundo das mentalidades comuns, “morrer é descansar”. Poucos avaliam contudo, o que significará “descansar” para quem converteu a etapa da vida corporal em tormentoso inferno...

Há pessoas que dizem que “quem morreu se libertou”. A que corresponderá “libertação” para quem passou a vida corporal confeccionando cadeias e amarras, através de incontáveis desestruturações”.

Há, ainda, quem afirme que “quem morre vai para o céu” ou “para o inferno”, por causa dos parâmetros ideológicos de suas crenças religiosas mal orientadas, ou de filosofias estapafúrdias que são verdadeiros atentados à maturidade e ao bom senso.

A realidade do “céu” e do “inferno” instala-se no interior de cada um pelo que fez ou deixou de fazer ao longo da lida terrena.

Quanto a você, como se acham as suas concepções em relação à “morte”? Já se deixou envolver pelas claridades dos ensinamentos de Jesus, que o Espiritismo reforça, ou ainda vem se arrastando por entre medos e superstições, escravizado pela ignorância que maltrata a tanta gente?

Para aperceber-se do seu nível de maturidade perante a morte, bastará que analise como vem se pautando no seio da reencarnação. O dito popular que exprime que “tal vida, tal morte”, analisado em termos 
espirituais é corretíssimo. Valendo-nos desse refrão, poderemos estabelecer que “tal sua visão da vida, tal será sua visão da morte”.

Assim, procure pensar nas responsabilidades do renascimento da alma em novo corpo físico, quando ela chega repleta de sonhos de progresso e embelezamento, mas não perca a seriedade quanto à experiência oposta, ou seja, a do processo fisiológico, quando ela retorna ao Grande Lar com a leveza ou com o peso do que haja realizado de nobre ou de desastroso, o que o ajudará muito a pautar-se bem no trajeto terreno, desenvolvendo relação de madureza com as questão do passamento.

Não há porque temer-se a morte, quando se vive reta e dignamente. Não há porque contar com regalias celestiais após a vida física, quando a sua rota humana segue marcada pela inconsequência, por inconsistências morais, ou por descaso para com as “coisas do Alto”.

Apoie-se no bem continuado, seja onde, como ou com quem for, e, sem qualquer temor ou preocupação, ponha-se nas Mãos de Deus para que Ele decida qual será o melhor tempo, ideal momento, para que você retorne, fortalecido e protegido pelas venturosas coberturas que você vem construindo para si mesmo.

Meditação: Orai e crede! Pois que a morte é as ressurreição, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro. (Cap. VI, item 5, segundo parágrafo, ESE).


De “Para Uso Diário” 
De J. Raul Teixeira 
Pelo Espírito Joanes



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