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02 outubro 2014

A Resignação e a Resistência - Aylton Paiva


A RESIGNAÇÃO E A RESISTÊNCIA
            
“Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados” Jesus ( Mateus, cap. V, v. 5)
           
 No sentido em que Jesus ofereceu o consolo aos que choram depreende-se que esse choro é causado pela aflição do sofrimento; por algum tipo de dor, seja ela física ou moral.
          
 Dificilmente haverá uma pessoa que ao  atingir a maioridade não tenha sofrido algum tipo de dor. Que, de alguma maneira, não tenha vertido o pranto dolorido.
           
 Diante da dor poderemos adotar dois tipos de comportamento: a resignação e a resistência.
            
No dicionário Aurélio encontramos a seguinte definição para resignação: “ 3. Submissão paciente aos sofrimento da vida” .
            
Nele encontramos, também, com a definição para resistência: “3. Força que defende um organismo do desgaste de doença, cansaço, fome, etc.”
            
No decorrer da vida, o ser humano depara-se com dores como: doenças, fracasso financeiro, fracasso amoroso, morte, entre outros tantos.
            
Como reagir, então, ante os sofrimentos?
            
Poderemos ter dois tipos de comportamento: resignação - comportamento passivo e resistência - comportamento ativo que busca solução para acabar ou diminuir o sofrimento.
            
No enfrentamento ao sofrimento  deveremos ter as seguintes atitudes:
            
1. Ter uma percepção clara da fonte do sofrimento.                
Separar aquilo que é real da imaginação.
            
2. Analisar os possíveis recursos para superar a dor.               
Como deveremos agir com entendimento, bom senso e o que fazer para sobrepujar a dor.
             
3. Aceitar o que pode e o que não pode ser modificado, mudando a forma de enfrentamento para uma ação ou vivência mais adequada e que diminua o sofrimento.               
Compreensão realista  para agir adequadamente.
             
4. Os fatos são importantes ( causas da dor ), porém  o mais importante é a maneira como se enfrenta os fatos ( estado emocional), de modo realista ou fantasioso.              
Ter, dessa forma, a visão clara do foco da dor e da melhor forma de se comportar  diante dele, procurando sentir a realidade e fugir da ilusão e da imaginação exacerbada.
            
Seguindo esses passos poderemos enfrentar a dor melhor preparados para agir pelo caminho da resignação ou pela senda do enfrentamento.
            
Estaremos, deste modo, aparelhados, com  equilíbrio emocional, para calmamente atuarmos a fim de eliminar ou diminuir a dor que nos aflige.
            
É atribuída ao teólogo Reinhold Niebuhr a Oração da Serenidade, que assim propõem: “Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras”.
           
Consideremos, ainda, o Espiritismo nos ensina que a dor, seja ela qual for, não é um castigo divino, pois Deus não castiga, Ele educa e aprimora seus filhos, suas criaturas, pelos caminhos da evolução no sentido da felicidade.
            
Portanto, a dor tem um caráter educativo e precisamos, pois, retirar dela as experiências pedagógicas que nos oferece.
            
Resignação e resistência são dois instrumentos importantes na construção da nossa felicidade.
            
Vamos treinar para usá-las sempre e, cada vez, de forma mais apropriada e eficiente.       
                
   

Aylton Paiva 



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