A RESIGNAÇÃO E A RESISTÊNCIA
“Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados” Jesus ( Mateus, cap. V, v. 5)
No sentido em que Jesus ofereceu
o consolo aos que choram depreende-se que esse choro é causado pela
aflição do sofrimento; por algum tipo de dor, seja ela física ou moral.
Dificilmente haverá uma pessoa
que ao atingir a maioridade não tenha sofrido algum tipo de dor. Que,
de alguma maneira, não tenha vertido o pranto dolorido.
Diante da dor poderemos adotar dois tipos de comportamento: a resignação e a resistência.
No dicionário Aurélio
encontramos a seguinte definição para resignação: “ 3. Submissão
paciente aos sofrimento da vida” .
Nele encontramos, também, com a
definição para resistência: “3. Força que defende um organismo do
desgaste de doença, cansaço, fome, etc.”
No decorrer da vida, o ser
humano depara-se com dores como: doenças, fracasso financeiro, fracasso
amoroso, morte, entre outros tantos.
Como reagir, então, ante os sofrimentos?
Poderemos ter dois tipos de
comportamento: resignação - comportamento passivo e resistência -
comportamento ativo que busca solução para acabar ou diminuir o
sofrimento.
No enfrentamento ao sofrimento deveremos ter as seguintes atitudes:
1. Ter uma percepção clara da fonte do sofrimento.
Separar aquilo que é real da imaginação.
2. Analisar os possíveis recursos para superar a dor.
Como deveremos agir com entendimento, bom senso e o que fazer para sobrepujar a dor.
3. Aceitar o que pode e o
que não pode ser modificado, mudando a forma de enfrentamento para uma
ação ou vivência mais adequada e que diminua o sofrimento.
Compreensão realista para agir adequadamente.
4. Os fatos são importantes (
causas da dor ), porém o mais importante é a maneira como se enfrenta
os fatos ( estado emocional), de modo realista ou fantasioso.
Ter, dessa forma, a visão
clara do foco da dor e da melhor forma de se comportar diante dele,
procurando sentir a realidade e fugir da ilusão e da imaginação
exacerbada.
Seguindo esses passos poderemos
enfrentar a dor melhor preparados para agir pelo caminho da resignação
ou pela senda do enfrentamento.
Estaremos, deste modo,
aparelhados, com equilíbrio emocional, para calmamente atuarmos a fim
de eliminar ou diminuir a dor que nos aflige.
É atribuída ao teólogo Reinhold Niebuhr a Oração da Serenidade, que assim propõem: “Concedei-me,
Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso
modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para
distinguir umas das outras”.
Consideremos, ainda, o
Espiritismo nos ensina que a dor, seja ela qual for, não é um castigo
divino, pois Deus não castiga, Ele educa e aprimora seus filhos, suas
criaturas, pelos caminhos da evolução no sentido da felicidade.
Portanto, a dor tem um caráter
educativo e precisamos, pois, retirar dela as experiências pedagógicas
que nos oferece.
Resignação e resistência são dois instrumentos importantes na construção da nossa felicidade.
Vamos treinar para usá-las sempre e, cada vez, de forma mais apropriada e eficiente.
Aylton Paiva
Email: paiva.aylton@terra.com.br
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