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11 janeiro 2015

Palavras de um Médico - Francisco Fajardo

 

PALAVRAS DE UM MÉDICO

Há momentos em que precisamos confiar ao Senhor a essência dos nossos mais íntimos cuidados.

A vida não é patrimônio do nosso capricho individual e o caminho em que nos cabe marchar para a frente é, sobretudo, traçado pela Divina Sabedoria.

Nem sempre sabemos o que desejamos, contudo, o Mestre conhece aquilo de que realmente carecemos.

Quanto seja possível ao nosso sentimento, inclinemo-nos perante os Desígnios Superiores que nos alteram os planos e prossigamos para a vanguarda de luz em que devemos situar o coração de trabalhadores do bem.

Ao médico é concedido o mais alto dos títulos na esfera de assistência à vida na Terra. Se os sacerdotes do pensamento religioso semeiam a luz de Deus nas almas, os médicos são os missionários do equilíbrio da existência humana, garantindo a harmonia do campo em que a fé renovadora conseguirá brilhar.

Sem dúvida, contam-se por milhares aqueles que, desviados do verdadeiro sentido do trabalho que lhes compete, se arrojam aos despenhadeiros da indiferença, traindo o mandato recebido de Mais Alto, entretanto, não ignoramos o imperativo de nossas responsabilidades e sabemos que, acima de tudo, é necessário saibamos agir e servir, nas fileiras dos que se devotam à felicidade de todos
.
Para nós, o sacrifício pessoal e a renúncia constante serão o clima inevitável das mínimas cogitações. Por isso mesmo, olvidar os deveres que a luta nos impõe seria menosprezar a nossa mais valiosa oportunidade de elevação.

Não permitamos que a sombra da dúvida nos invada o espírito.

Levantemo-nos espiritualmente e prossigamos.

Recordemos que a morte é simples ilusão. Exige-se de nós outros na atualidade mais senso de compreensão dos nossos serviços nos círculos médicos, a fim de que os nossos princípios se refaçam.

Realmente, os nossos arraiais acadêmicos ainda se acham minados pelo materialismo da semi-ciência e o soro frio da negação enregela preciosas formações nascentes, no campo de nossas manifestações culturais, mas, a pouco e pouco, amparados na coragem dos colegas que nos continuam os esforços, esperamos criar novos valores para o futuro glorioso que nos cabe atingir.

Não esmoreçamos!

Podemos fazer muito pela classe a que pertencemos e pela comunidade a que servimos. Dispomos de recursos, de influências, de meios espirituais que facilitam a ascensão.

Estudemos! Temos um mundo novo à frente do raciocínio.

Urge o tempo!

Hoje a estrada se descortina cheia de luz. Amanhã, se soubermos semear, a colheita será rica de bênçãos.

Defendamos a oportunidade de triunfar no labor esposado na Terra, a fim de que nossas experiências se dirijam no rumo do porvir, enriquecendo a senda de muitos.

Para a verdade, não importam os títulos externos da criatura.

A roupagem dos pontos de vista é igualmente transitória como a indumentária do corpo. A realidade pede substância prática, riqueza intrínseca.

Não nos propomos converter a personalidade nisso ou aquilo, na rotulagem das idéias ou das confissões variadas a que se filiam os ideais das igrejas terrestres.

Pretendemos, simplesmente, a posição de portadores do bom ânimo e da coragem, a fim de que o remédio não se perca nos desvãos da incerteza e da sombra.

Sigamos à frente. A nossa família não se circunscreve às quatro paredes do nosso movimento doméstico. Estende-se em todos os lugares, onde um doente chama por nós, confiando-nos a esperança.

Sejamos fortes e restauremos as energias para a batalha do bem, em que sempre nos colocamos, nas linhas da abnegação e da frente.

Nossa responsabilidade é maior que nós. Nossos deveres superam nossas dores. O interesse de todos compele-nos ao esquecimento do “eu”, que tanto nos empenhamos em adornar e conservar.

Recordemos que o Cristo foi o Mestre da Verdade, mas foi também, entre as criaturas, o Divino Médico da Saúde e da Alegria.

Sigamo-Lo na faina abençoada de materializar-lhe as lições de amor e estejamos certos de que a Sua proteção jamais nos faltará.


Francisco Fajardo
Médium: Chico Xavier
Livro: Cartas do Coração


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