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02 maio 2018

A triste realidade no movimento espírita - Manoel O. Guimarães Jr



A TRISTE REALIDADE NO MOVIMENTO ESPÍRITA


Recentemente, um grande amigo nos falou que ganhar dinheiro com blog espírita não era fácil!

Essa afirmação aguçou bastante a nossa reflexão. Decidimos, então, escrever algumas linhas a respeito desse assunto.

Quando criamos o EspiritualMente - Reflexões à Luz do Espiritismo nossa intenção não era ganhar dinheiro com o blog. Confessamos que, no decorrer desses 15 meses de funcionamento, em alguns períodos, tentamos sensibilizar algumas empresas no sentido de se tornarem apoiadoras/patrocinadoras do nosso projeto. Mas, infelizmente, não obtivemos êxito!

Na realidade, essa procura por um apoio/patrocínio não foi visando lucros financeiros que, aliás, se tivesse sido concretizado, seria de um valor simbólico, o suficiente para uma ajuda de custo referente a manutenção da anuidade do domínio próprio (.com.br) e, quem sabe, ampliar os trabalhos do projeto, melhorando a divulgação, fazendo promoções etc.

Todavia, o que mais nos deixa decepcionados não é a ausência de apoio e patrocínio ao nosso blog.

O que mais nos deixa tristes é a falta de consideração, de reconhecimento e de valorização da maioria do público espírita ao nosso trabalho.

Para se ter uma ideia, já convidamos dezenas de pessoas para uma simples entrevista. Considero uma entrevista uma coisa tão bacana, uma homenagem, uma forma de prestigiar e divulgar o trabalho daquele convidado. É impressionante como essas pessoas fugiram a este convite. E o que é pior, fugiram de uma maneira totalmente deselegante, sem dar nenhuma desculpa ou satisfação. Nem sequer agradeceram ao convite! Lamentável!

Esta triste realidade não acontece apenas no mundo virtual, em convites para entrevistas. No mundo real acontece outras coisas também lamentáveis!

Observamos em alguns centros espíritas que, quando o palestrante é da casa ou de algum centro vizinho, o público é bem pequeno. Quando o palestrante convidado é "famoso", a casa fica repleta de frequentadores. Até os "trabalhadores" sumidos do centro aparecem para prestigiar o renomado expositor!

Há alguns anos atrás, sem que a gente soubesse, uma querida irmã, que conhecia e acompanhava o nosso trabalho, indicou o nosso nome a uma instituição para a realização de uma palestra. A pessoa responsável pela escala mensal dos palestrantes disse que para fazer exposição naquele centro era preciso conhecer o "currículo", saber as habilidades do palestrante na execução dos temas, em quantas e quais eram as casas que ele já havia realizado palestras etc. etc. Parecia até uma seleção para concorrer a uma vaga de emprego!

Infelizmente, é uma triste realidade!

Temos nas mãos uma doutrina fantástica, um acervo riquíssimo de conhecimentos para a vida material e espiritual mas, infelizmente, ainda não conseguimos assimilar e praticar uma grande parte desses postulados. E muitas vezes em coisas tão simples e banais do cotidiano. Muitos de nós, espíritas, ainda alimentamos o preconceito conosco mesmos, não valorizando aquilo que está ao nosso redor. Em parte, lamentamos essa realidade no meio espírita. 

Mas, por outro lado, isso nos motiva a continuar lutando para mudar essa tendência. Esse panorama foi um dos motivos para a criação do EspiritualMente. Queríamos quebrar paradigmas, democratizar o espaço para todos os espíritas, daquele que faz faxina em um centro até o mais renomado palestrante. Divulgamos e prestigiamos o trabalho e o talento de pessoas anônimas, desconhecidas. Até mesmo para aquelas pessoas que dizem não ser espíritas, mas desenvolvem trabalhos e atividades de cunho espiritual, procuramos dar a devida atenção e espaço. Nossa intenção, neste artigo, não foi criticar o movimento espírita, nem tampouco gerar polêmicas ou debates calorosos. De acordo com o nosso slogan, queríamos apenas lançar uma reflexão à luz do Espiritismo para todos os espíritas! Paz e luz para todos(as)!

Manoel O. Guimarães Jr.
Administrador - EspiritualMente

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