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05 novembro 2018

Onde nos situaremos? - Antônio Carlos Navarro



ONDE NOS SITUAREMOS?


Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração. Jesus (Mateus 6:21)

Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Jesus (Mateus 18:18)

Nos esclarecimentos acima, dados pelo Senhor Jesus, observamos que tudo o que chama a atenção do Espírito propicia um elo formado pelo sentimento correspondente.

Bastará um pequeno esforço no sentido de observarmos a nós mesmos para percebermos o quanto estamos ligados a coisas, pessoas, cargos, posições sociais e pontos de vistas, e quanto os defendemos, até mesmo com ferocidade, para não nos sentirmos inferiorizados em caso de contrariedade e perdas.

E quanta energia gastamos nisso! Energia que seria melhor utilizada se a utilizássemos para o nosso progresso moral. 

Explica a Doutrina Espírita que o egoísmo, junto com o orgulho, é um dos maiores entraves ao progresso do Espírito por prendê-lo às coisas e situações que são passageiras, e que tem utilidade somente no que pode dar ao Espírito ensinamentos e experiências para o seu desenvolvimento rumo à perfeição a que está destinado.

Fora a questão da perda da liberdade material e espiritual no apego, corre-se outro risco que não é avaliado por nós outros no cotidiano.

Trata-se do que está embutido no segundo versículo acima anotado.

O vocábulo “céu”, no referido versículo, tem a conotação de Mundo Espiritual, e o Senhor está nos dizendo que se não nos desvincularmos sentimental e emocionalmente do que nos prende espiritualmente, ao desencarnarmos carregaremos os mesmos sentimentos e interesses emocionais para lado de lá, e por conta da ligação criada e mantida pelos interesses do Espírito, automaticamente nos manteremos preso ao Mundo Material, sem a possibilidade de enxergar não só as belezas da espiritualidade, como também as bênçãos do socorro espiritual.

Há consequências negativas nessa condição.

A convivência com desencarnados estacionados junto ao que lhe prendem a atenção, expõe ao risco da influência energética prejudicial causada pelo períspirito deles, desajustado pelo comportamento materialista, podendo resultar em impressões e sentimentos nocivos à saúde física e emocional dos encarnados.

Para o próprio desencarnado o prejuízo está justamente na interrupção do progresso espiritual, que o afasta da consequente percepção da felicidade que tanto se almeja, e que está à disposição de todos por determinação da Providência Divina.

A solução, evidentemente, não é abrir mão de tudo e de todos, vivendo uma vida sem sentimento e emoção mas, sim, de dar o justo valor a tudo o que nos envolve, tirando proveito para o crescimento do Espírito, obedecendo a vontade de Deus, que sempre sabe o de que necessitamos, muito antes de pedirmos, como asseverou Nosso Senhor Jesus Cristo.

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

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