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21 novembro 2018

Terapias Alternativas - Joanna de Ângelis



TERAPIAS ALTERNATIVAS


A ignorância, geradora do egoísmo, que propicia o apego e a paixão às pessoas e coisas, é a grande responsável pelos sofrimentos.

Considerando-se a impermanência de tudo, em um mundo em constantes alterações, o apego representa a ilusão para deter a marcha dos acontecimentos e reter tudo mais, impossibilitando o surgimento da realidade.

O impermanente é a materialização transitória da realidade, e, por conseqüência, todo apego exagerado à forma produz sofrimento em razão das inevitáveis alterações que ela experimenta. Corresponde à ilusão de pretender-se deter o tempo, que deixará frustrado aquele que se apega a tal intento.

Assim, a maioria das enfermidades se origina na área emocional, como efeito do desequilíbrio da energia, transferindo-se para o psíquico ou físico, produzindo lesões que alteram a estrutura orgânica.

As terapias da medicina objetivam deter as doenças, destruir os invasores, sustentar o corpo. Toda a filosofia médica ocidental centraliza-se nesse objetivo como essencial à saúde.

A sabedoria oriental, em contrapartida, estabelece, há milênios, que, sendo as doenças efeitos degeneradas da energia pelos fatores já examinados, elas devem ser combalidas nas suas causas. Assim, variam as técnicas alternativas para a aquisição da saúde, mediante a supressão da sua causalidade.

A Ciência Espírita, reconhecendo que todo o sofrimento decorre do mau uso do livre-arbítrio, propõe como mecanismo a transformação moral do paciente, pois qualquer terapia que seja aplicada poderá modificar-lhe o quadro orgânico, porém não ira liberá-lo por completo, ela ressurgirá em outras patologias já vigentes no campo vibratório não reequilibrado.

A “Acupuntura”, por exemplo, considera o corpo como um instrumento de um sistema energético, portanto, não físico, o que equivale a dizer, menos denso do que aparenta.

Esse sistema tem prevalência sobre todo o conjunto, qual se fosse um outro sistema nervoso mais complexo, sustentando toda a aparelhagem delicada e os seus implementos mais sutis da organização somática.

Encarrega-se de manter a interação “mente-corpo, emoção-sensação, pensamento-matéria”. A técnica da acupuntura busca, através do corpo físico, alcançar o campo de energia e vitalizá-lo, eliminando os bloqueios impeditivos da irrigação de forças mantenedoras da saúde. Esse sistema energético é composto de meridianos que são correntes de energia.

A “Yoga” trabalha a emoção em desequilíbrio, para os graves problemas psicológicos e alguns outros na área de saúde. O conhecimento dos chakras (rodas) como fontes de energia, propiciou técnicas de desenvolvimento, alimentação e equilíbrio de forças, para a manutenção da aparelhagem material de que se utiliza o Espírito no seu processo de evolução.

Os chakras, em número de sete, são considerados como órgãos de energia. Do coronário ao genésico eles são o suporte de sustentação das funções psíquicas e orgânicas do corpo.

O mais importante a ser considerado nos chakras é a denominada energia “Kundalini”, também conhecida como “serpente adormecida”, que se manifesta pela espinha dorsal, nutrindo-os e sendo por eles sustentada. É também responsável pela energização dos nervos.

A “cromoterapia” talvez se haja inspirado na helioterapia, que consiste na utilização dos raios solares, com equilíbrio, provocando uma ativação salutar dos mecanismos vitais do corpo.

A colesterina sob a ação dos raios ultravioletas se transforma na vitamina (D) ou anti-raquítica. É de excelente resultado, quando sob cuidadoso controle.

A “cor vermelha” é considerada excitante, enquanto o “azul” é calmante. Com essa conclusão, aplica-se a cor vermelha nos estados melancólicos e a azul nos de exaltação.

A cromoterapia devidamente aplicada, por meio de um correto conhecimento das cores e dos efeitos, proporciona estados de recuperação da saúde.

A “Homeopatia” nasceu por volta de 1796, quando Samuel Hahnemann iniciou a sua aplicação, após publicar o seu ensaio sobre um novo principio para descobrir as virtudes curativas das substâncias medicinais.

Ele havia experimentado em si mesmo e nos familiares por seis anos a nova terapêutica, cujos resultados foram surpreendentes.

A homeopatia se fundamenta no principio de que os semelhantes curam os semelhantes e, através de diluições infinitesimais, nas quais, teoricamente, não devem existir moléculas da substância original, o medicamento deixa de ser químico para tornar-se físico.

Considerando a valiosa contribuição de todas elas, não podemos esquecer que é na transformação moral do indivíduo para melhor, na ação da caridade, como prescreve o Espiritismo, respaldado no conceito de Cristo “àqueles a quem sarou, para que não voltassem a pecar” a fim de que não lhes acontecesse nada pior.

Ao lado de todo o contributo “ético-moral” que suaviza o sofrimento e altera-lhe a causalidade, produzindo gêneses saudáveis para o futuro, a assistência médica, quando se trate de questões na área da saúde física, assim como a assistência das ciências psíquicas no comportamento alienado ou nos conflitos da personalidade são de relevante valor.

O sofrimento está muito relacionado com o processo espiritual. Se possuem fé religiosa e transferem o testemunho para o futuro espiritual, suportam melhor as lâminas cortantes, com equilíbrio, logrando vencer a conjuntura, superando-se e saindo da crise com amadurecimento e paz.

Carl Gustav Jung foi possivelmente quem melhor penetrou a realidade do sofrimento, propondo a sua elucidação e cura.

Enquanto a preocupação geral se baseava nos resultados físicos, no bem-estar emocional, sob a angulação médica, ele recorreu a dois métodos para encontrar-lhe a gênese e a solução: os sonhos e a imaginação.

Embora reconhecesse que toda generalidade peca por insuficiência de recursos para o atendimento, desde que cada caso é específico e exige uma linguagem terapêutica especial, adotava os dois comportamentos como método eficaz para os resultados saudáveis.

Ao mesmo tempo recomendava o apoio religioso, portador de excelentes contribuições para a cura da alma, na qual se sediam todas as causas dos sofrimentos.

A promoção moral proposta pelo Espiritismo e a contribuição que dá, pelo fato de ser a alma imortal, herdeira dos próprios atos que, equivocados, são geradores de sofrimentos, e da reencarnação, em cujos renascimentos o ser espiritual se depura, mediante, não raro, o sofrimento, constituem terapias irrecusáveis, no programa de eliminação da dor no homem e na Terra.

O sofrimento tem vigência transitória, por ser efeito do desequilíbrio da energia que, direcionada para o bem e para o amor, deixa de desarticular-se, facultando aos seres a iluminação, a plenitude, portanto, a saúde integral, que a todos no mundo está reservada pelo Pai Criador.


Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo P.Franco
Obra: Plenitude


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