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29 agosto 2013

Desequilíbrios - Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho

 

DESEQUILÍBRIOS

Encarnados, quando se alimentam demasiado, desequilibram o aparelho digestivo, e a má digestão certamente os incomodará. 

Do mesmo modo, podemos nos equilibrar e desequilibrar pelos nossos atos. Ações boas nos equilibram, harmonizando-nos com a perfeição. 

Ações más danificam o perfeito, desequilibram, trazendo sempre a doença e o sofrimento como causa desse desequilíbrio.

E quando sofremos sem nos revoltar acabamos por entender que foram nossos atos negativos que motivaram nosso sofrimento. Ao mudarmos nossa maneira de viver, teremos aprendido mais uma lição. Se não aprendermos pelo amor, acabaremos aprendendo pela dor. 

A mente e o corpo não são criados por nós, apenas os desenvolvemos. Tanto a mente como o corpo anseiam pela harmonia, que compõe a natureza. 

Essa harmonia só é possível quando não há interesse pessoal e quando todos trabalham com um único objetivo, o do bem comum. 

Agindo egoisticamente, nós nos separamos espontaneamente do movimento da vida. É como se o feto recusasse o sangue da mãe que o sustenta. 

A mente e o corpo, privados dos fluidos cósmicos, pelo egoísmo, entram em estado de perturbação. 

O remorso destrutivo desequilibra bastante. Muitos, ao desencarnarem, percebem o tanto que erraram, perturbando-se demasiado e, sem um preparo especializado das colônias, uma compreensão, ao reencarnar passam para o corpo esse desajuste. Essas deficiências também podem ocorrer quando abusam do corpo saudável, danificando-o com drogas ou matando-o, e eles podem então ser privados em outra encarnação de um corpo perfeito. 

Também o desequilíbrio mental pode ser causado por abuso da inteligência, prejudicando os outros. 

As anomalias físicas não existem como punição de Deus, mas sim como consequência do nosso remorso destrutivo, de uma vivência com fins próprios, e não como participantes da humanidade. 

Reconhecer que erramos é fundamental, punirmo-nos, por incrível que pareça, é uma atitude de egoísmo. 

Que seria mais agradável a Deus: ser um peso para a sociedade, ou reconhecer nossos desacertos e preparar-nos convenientemente para ser um daqueles que constroem e enobrecem os seres humanos?


Livro: O Vôo da Gaivota, cap. Colóquio Interessante
Espírito Patrícia
psicografia de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho


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