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14 novembro 2013

A Dor e a Vida - Lilian Karla Buniak Pinto

 

A DOR E A VIDA

A vida dos seres humanos muitas vezes se resume pela praticidade egoística da satisfação dos desejos os quais muitas vezes se traduzem como mesquinhos e egocêntricos.

Talvez o egocentrismo esteja muito em alta na atualidade justamente pela maneira insensata dos seres humanos comportarem-se.

A maior das tragédias para qualquer indivíduo seria justamente perder o que pensa ter...e neste modo falso de acreditar que possui comete barbáries das mais intensas, onde a maior vítima é si mesmo.

Intempéries, atitudes imorais, homicídios, suicídios, agressões verbais e morais, falsa moralidade, envenenamento e torpor dos sentidos e dos sentimentos acusando indelevelmente o próximo pelo seu infortúnio e o esquecimento de que seus atos terão uma conseqüência, e quem plantar, colherá, e muitas vezes não gostará, achará pena cruel demais, difícil e de grande proporção para um ser humano suportar, e o maior culpado ainda é sempre o mesmo, Deus, que recebe as críticas das atitudes vãs e errôneas dos próprios indivíduos.

É lamentável observar que o egocentrismo, egoísmo e vaidade são tamanhos que ofuscam os indivíduos da compreensão de que possam realmente errar, e que erram muito.

Acusar o próximo pelos próprios infortúnios é o mesmo que defender-se do olhar para si mesmo e se encarar.

O medo é muito maior nos que só se defendem, pois a realidade inconteste de ver com os próprios olhos que é o causador da própria dor causa mais angústia ainda, e simplesmente fingir que não sabe de nada ou usar um mecanismo de defesa como tão bem descreveu Freud é muito mais fácil, viável e interessante.

A autocrítica só existe para os que possuem fortaleza de enfrentar as mazelas instaladas na profundidade da alma.

Saber que possui defeitos e não encarar os problemas de frente é negligenciar a dor, e a dor maltrata muitas vezes, a dor corrói a consciência, a dor gera desespero, gera ansiedade e tem o poder de aniquilar o indivíduo emocionalmente e/ou fisicamente.

Arrumar culpados é arrumar desafetos.

A vaidade humana dificilmente aceita o perdão, o orgulho não aceita a perca em qualquer quesito que seja, pois enfrentar a dor não é melhor escolha devido a insuficiência na resolutividade humana.

Da próxima vez que enfrentar uma dor busque em si a causa da mesma, com ou sem explicação tenha em mente que ela te pertence....seja uma dor física, doença incurável, situação lamentável, seja emocional, as marcas na alma podem estar em sulcos profundos, mas a culpa de possuí-las foram únicas da maneira que agiu e se comportou.

A falsa acusação do infortúnio é lamentação mesquinha da falta de postura e maturidade perante a vida que se propôs a viver.


Bibliografia:
Obras básicas de Allan Kardec
A Gênese
O Céu e o Inferno
O Evangelho Segundo o Espiritismo
O Livro dos Espíritos
O Livro dos Médiuns
Obras Póstumas



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