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06 novembro 2013

A Experiência da Fé - Rita Foelker


A EXPERIÊNCIA DA FÉ 

Em nossos estudos e leituras frequentemente nos deparamos com palavras ou mesmo expressões que, em princípio, parecem ter um significado muito claro, mas que quando vamos pensar sobre elas, vamos descobrindo que não sabemos tão bem assim, que querem dizer. 

A fé é uma delas. Certo dia começamos a falar sobre fé, em nosso grupo de estudos, e verificamos que a ideia da maioria a esse respeito era muito incompleta, e diferente de indivíduo para indivíduo. 

Algumas das vantagens de se integrar grupos seriamente interessados em aprender são estas: nos fazer pensar sobre nossos conceitos, reavaliar o que temos como verdade, aprofundar reflexões que já fizemos. 

Pensando sobre a fé, nesse dia, tirei para mim algumas conclusões interessantes, que quero dividir com você. 

Todos nós concordamos que a verdadeira fé não é apenas crer em algo, mas saber, ter certeza. Porém, de onde vem essa certeza? 

Quando podemos realmente dizer que estamos certos de um fato, ou de um conceito? 

Somente quando ele é baseado e comprovado pela nossa própria razão e experiência. 

Sem ser baseada na experiência, a fé não se sustenta. É só uma definição apreendida intelectualmente que, como tantas outras, pode parecer falsa ou verdadeira, dependendo de quais elementos eu desejo levar em conta.  Quando testada e comprovada na prática, é que a verdade surge e se impõe. 

Mas não basta que um fato, num certo dia, me dê tal certeza e segurança. 

É preciso que em outras ocasiões, outros acontecimentos comprovem e reforcem aquela certeza.

Só assim, a fé se mantém. Pois se num certo momento, uma combinação de circunstâncias me levou a ter fé num certo conceito, mas as experiências posteriores negam este conceito, ela deixa de existir com relação àquele conceito. 

Quando tomamos o conceito de Allan Kardec, a respeito da fé raciocinada, que é baseada no conhecimento daquilo em que se acredita, entendemos que se trata de conhecimento, não só teórico, mas também prático, e que é desejável verificar se tudo aquilo em que acreditamos é referendado pela vivência, se aquilo em que acreditamos de fato funciona em nossas vidas, ou se não passa de teoria sem possibilidade de verificação.

De “Força Interior”
De Rita Foelker

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