ASSÉDIOS ESPIRITUAIS
É muito importante entendermos que nos casos de obsessão ou assédio, sempre há sintonia psicoemocional entre os envolvidos.
Para
que um espírito possa influenciar alguém, transmitindo-lhe ideias ou
induzindo essa pessoa a se comportar de determinada maneira, a
semelhança de pensamentos e sentimentos (no caso, emoções) entre ambos é
fundamental.
A
pessoa até pode sentir a energia desequilibrada de um espírito
atingi-la (e se proteger disso), mas para que o assédio ou obsessão se
estabeleça de fato, o desencarnado irá reforçar uma ideia ou emoção que o
assediado tenha. Ou seja, a raiz do problema está na “vítima”...
Portanto,
todo trabalho de desobsessão deve vir acompanhado por um tratamento de
orientação psicoemocional, com base nos princípios do Espiritismo (no
caso do tratamento ser em um centro espírita). Muitas vezes, é
fundamental também uma orientação psicológica profissional, pois os
ensinamentos do Evangelho são um código moral-espiritual e não um
tratamento psicológico. Cada área deve cuidar dos seus limites, sendo
que o paciente, sim, deve buscar um tratamento integral.
Outra
questão importante é entender que a obsessão apresenta graus variados,
que vão da simples influenciação – assédio energético (vampirismo) – à
subjugação (mais raro). Vejamos:
“Entre
os escolhos que apresenta a prática do Espiritismo, cumpre se coloque
na primeira linha a obsessão, isto é, o domínio que alguns Espíritos
logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos
Espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos nenhum
constrangimento infligem. Aconselham, combatem a influência dos maus e,
se não os ouvem, retiram-se. Os maus, ao contrário, se agarram àqueles
de quem podem fazer suas presas. Se chegam a dominar algum,
identificam-se com o Espírito deste e o conduzem como se fora verdadeira
criança. A obsessão apresenta caracteres diversos, que é preciso
distinguir e que resultam do grau do constrangimento e da natureza dos
efeitos que produz. A palavra obsessão é, de certo modo, um termo
genérico, pelo qual se designa esta espécie de fenômeno, cujas
principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a
subjugação.“ – Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, capítulo XXIII.
Assédios
são muito mais comuns que as obsessões mais complexas, propriamente
ditas. Por exemplo: Um sujeito tem tendência para usar a bebida
alcoólica como fuga psicológica das dificuldades que enfrenta. Ele passa
na frente de um bar, vê a bebida, pensa no ato de beber e sente o
desejo, pois imagina que ao beber sua angústia será amenizada. Este
sujeito pode até tentar mudar o rumo dos pensamentos, passar direto...
mas, alguns espíritos na mesma carência por álcool, atraídos por sua
psicosfera (a aura, formada pelo que sentimos e pensamos), passarão a
induzir a “vítima”, num processo de simbiose, que no início pode ser
mais sutil, mas que irá se fortalecer conforme o encarnado for se
permitindo alimentar os pensamentos e emoções induzidos. Então, o que
era um pequeno desejo passa a se tornar algo irresistível.
Inevitavelmente, esta pessoa irá voltar a beber, cedo ou tarde, se o
processo persistir.
A
maneira como um assédio deste tipo ocorre varia... Escreverei mais
sobre isso futuramente. Mas, somos nós os principais responsáveis pelo
direcionamento de nossas vidas.
Assuma
o controle! Busque auxílio espiritual e orientação profissional. Faça
as escolhas e mudanças necessárias em sua vida, para não ficar o tempo
todo em uma auto-obsessão. Autoconhecimento e reforma íntima são o
caminho para a sabedoria. Paz e amor!
Por Victor Rabelo
Nenhum comentário:
Postar um comentário