CIRURGIA ESPIRITUAL – CURA DIVINA
São várias a maneiras pelas quais se processa a cura dos enfermos.
Nos casos dos operados por Jesus e os apóstolos, foram curas instantâneas, nas quais, como por encanto, as enfermidades desapareciam rapidamente. Para essa operação, é preciso grande saber espiritual, conhecer os fundamentos da vida do enfermo e, por vezes, modificar algo em sua mente, a fim de que ele mude o modo de pensar e de agir. A enfermidade é a fermentação de muitas existências vividas desregradamente: é a resposta, a conseqüência.
Por isso, a dor, em certas circunstâncias, é a própria cura. Os duros padecimentos são indícios de elevação de alma, porque ela já começou a pagar os débitos passados, pelas dores da enfermidade.
O enfermo, ao ser curado, abre-se como uma flor ligada ao caule e os seus centros de força ativam toda a sua sensibilidade, de maneira a facilitar a absorção dos fluidos doados pelo operador. Em muitos casos, Jesus já dizia: “A tua fé curou!”
Isso porque determinados enfermos fazem o trabalho quase por si próprios. Assim, a fé é de muita importância em toda a nossa vida.
Quando não existe fé, na cura à distância, de cuja operação curativa o enfermo não participa, e que por vezes, ignora por se encontrar inconsciente, o operador se desdobra, de modo impressionante, em todas as direções do saber, para encontrar a equação desejada, ou seja, a cura.
Examina, pela clarividência, o tipo de doença, suas causas e busca no grande manancial divino elementos para substituir os que já estão cansados e gastos.
Observa e ativa os pontos energéticos do corpo e da alma, faz transfusão imediata de força vital, serena a mente adoentada e acomoda nos seus mais sensíveis departamentos, idéias favoráveis à cura. Pensamentos positivos, alegria de viver e uma grande paz caem na sua consciência profunda.
Aí o doente favorece o trabalho, como se fosse submeter-se a uma operação e como se relaxasse na mesa de cirurgia, pelas bênçãos da anestesia completa.
Mas, tudo isso ocorre em minutos, dependendo da elevação do Espírito encarregado da cura e, em muitos casos, do tipo de enfermo.
A variação é infinita. Entra em ação a lei do carma. Há forças desconhecidas que se interpõem às curas imediatas.
Não é muito repetir que o Evangelho não pode deixar de nos acompanhar em todo esse trabalho. Ele é a força de Deus que faz a cura se eternizar, pois traduz os princípios das leis.
Todos os desequilíbrios orgânicos e psíquicos são a não observância dos preceitos divinos.
No entanto, ainda existem muitas coisas no campo da cura que os homens não estão preparados para conhecer. O tempo, na dinâmica do progresso, vai revelar essas coisas gradativamente, a todas as criaturas, na Terra e fora dela.
Existem muitos métodos de curar, desde a mastigação de ervas entre os índios, às mais sofisticadas invenções no reino de Hipócrates, desde os xaropes de longa vida na área iniciática, à medicina homeopática, nas concentradas gotas de energismo curativa, desde as benzeções dos camponeses com ramos específicos, à flora medicinal, desde as massagens dos antigos egípcios às famosas agulhas orientais, até os passes nos templos espíritas. Enfim, há um sem número de modalidade de cura, por todos os ângulos que podemos imaginar.
E hoje, há muitas pessoas se curando pela alimentação; no entanto, todas as curas mencionadas e as de que não precisamos falar, carecem da força do pensamento, cuja energia é transmutada naquilo que nos dispusermos a transformar, pela luz do coração.
Pelo espírito Miramez
Fonte: Livro “Francisco de Assis”
Psicografia de João Nunes Maia
Nenhum comentário:
Postar um comentário