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04 junho 2015

Sensibilidade espiritual - Victor Rebelo


SENSIBILIDADE ESPIRITUAL


É muito comum confundirmos sensibilidade espiritual com mediunidade. Isso ocorre devido ao fato de Allan Kardec ter classificado, durante a codificação do Espiritismo, todo tipo de interação com o mundo espiritual como uma forma de mediunidade.

Mas, podemos ler em O Livro dos Médiuns, no capítulo XIV da segunda parte, que “(...) essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva.”

Isso significa que nem todo mundo deve ser considerado médium (no sentido ostensivo da palavra), apesar do fato de todos, em maior ou menor grau, sentirem a influência dos espíritos.

Portanto, o fato de todos possuírem um certo grau de sensibilidade espiritual não significa que todos estejam aptos a serem intermediários dos espíritos, ou seja, médiuns.

Na matéria de capa da Revista Cristã de Espiritismo, edição 138, proponho uma visão mais ampla do conceito de sensibilidade espiritual, que, na verdade, seria mais um conceito de "desenvolvimento espiritual integral" do que a simples sensibilidade.

Meu objetivo é mostrar que podemos e devemos desenvolver nossa sensibilidade espiritual (que seria mais um desenvolvimento parapsíquico e bioenergético), independente de sermos médiuns ostensivos ou não. Também explico quais os benefícios que esse desenvolvimento pode trazer.

Faço, no artigo, uma distinção básica entre a minha abordagem para o conceito de sensibilidade espiritual e a mediunidade. O desenvolvimento da sensibilidade espiritual é mais amplo que o mediúnico. 

Na minha abordagem, ele envolve:

a) Percepção e relação com os espíritos e o plano espiritual, incluindo a clarividência e a projeção astral (desdobramento). b) Percepção energética de encarnados, desencarnados e ambientes; autodomínio bioenergético.
c) Mediunidade (ostensiva), propriamente dita
d) Autoconhecimento e reforma íntima (percepção profunda da própria realidade espiritual, que transcende o ego)
e) Percepção profunda da Consciência-Una, essência de toda a realidade (Deus)

Tudo isso pode ser desenvolvido por todas as pessoas, exceto a mediunidade (ostensiva) que, no caso, requer que a pessoa apresente certas condições mais específicas para que essa capacidade possa ser desenvolvida.

Victor Rabelo
Leia meu artigo na edição 138 da Revista Cristã de Espiritismo

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