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17 março 2017

Sobre as datas do fim do mundo - Hugo Lapa



SOBRE AS DATAS DO FIM DO MUNDO


Amigos, de vez em quando vemos uma ou outra notícia sobre fim do mundo. Datas e mais datas são apresentadas pelas pessoas como o dia derradeiro em que o mundo terá seu fim. Várias datas já foram colocadas e provavelmente outras datas ainda virão, mas nenhuma delas é verdadeira e vamos explicar o porquê.

Sobre essa questão do fim do mundo, do final dos tempos, do apocalipse, etc, é preciso esclarecer uma coisa… Não existe fim do mundo como as pessoas entendem. Não existe um dia ou um período determinado no qual o planeta Terra vai simplesmente acabar, deixar de existir. Isso ocorre por um motivo muito simples. Nada, absolutamente nada em todo o universo termina, acaba ou chega a um fim, mas tudo, sem exceção… tudo se transforma. Aquele que observa as manifestações da natureza pode contemplar esse modus operandi do mundo natural, que é exatamente o mesmo para tudo o que existe. Nada nunca termina, tudo sempre se transforma; assim como nada começa, mas o que chamamos de começo é sempre uma continuidade transformada daquilo que consideramos o “fim” de algo. Dessa forma, não há início e nem fim… há sempre transformações sucessivas.

Essa lei natural abrange também a existência dos mundos. Um mundo jamais acaba, ele apenas se transforma. Nosso mundo já passou por muitas transformações, mas ele nunca acabou e nem nunca vai acabar. Os antigos conheciam essa verdade e a tratavam como uma realidade incontestável. O mundo segue em ciclos, sejam eles maiores ou menores. Nesses ciclos há sempre contrações e expansões, há conflitos e apaziguamentos, há destruições e reconstruções, há sempre o fim de algo e o início de outra coisa, mas esse fim e início nada mais são do que uma transformação. Há o abandono do modo antigo e há a adesão ao novo. Há o ponto de mutação e há depois o ponto de estabilidade e ambos se harmonizam e se completam. Toda ordem natural segue essa lei de transformações regidas pelos ciclos. Quando o dia termina vem a noite e quando a noite chega ao seu auge, um novo dia nasce. O mundo não terminou ao final de um dia, mas apenas nasceu um novo período. O mesmo ocorre na passagens das estações, do ano, dos séculos, dos milênios e das eras.

Cada tempo passado assinala uma fase que é deixada para trás, consolidando o fim “daquele mundo” e anunciando o início do “próximo mundo”. O mundo tal como era antigamente já se foi, já não existe mais. O mundo que conhecíamos da década de 50, por exemplo, já não existe mais. Hoje esse dia esse mundo morreu para dar lugar a um novo mundo, que nasceu e agora está em voga. Por mais que nos esforcemos, nunca mais o mundo será como era na década de 50. Por mais nostálgica que for uma pessoa, ela jamais conseguirá viver novamente da mesma forma que vivia nos anos 50. Isso ocorre simplesmente porque o mundo dos anos 50 já não existe mais, já morreu, já pereceu e deu lugar a um outro mundo. Mas até mesmo esse mundo que vivemos agora está morrendo e renascendo a cada momento, e isso demonstra que nada é permanente… nem no mundo e nem em nossas vidas. Tudo sempre está em movimento, em transformação, em revisão e em nascimentos e mortes sucessivos, assim como nós mesmos. Por isso, não podemos falar em “fim do mundo”, mas sim no fim do mundo como existia antes ou como o concebemos no passado. A cada momento morre um mundo e nasce um outro mundo. A cada ano morre uma primavera e nasce um verão, e assim vai trascorrendo eternamente.

A pergunta que cabe aqui é: mas será que um dia nosso planeta não será destruído completamente? A resposta é: sim, um dia, o “corpo físico” do nosso planeta será destruído, assim como nosso próprio corpo físico um dia retornará a terra e se resolverá em seus componentes fundamentais. Mas o que acontece com nosso corpo físico quando morremos é o mesmo que ocorre com o corpo físico da Terra quando ela perecer. Quando nosso corpo morrer, nosso espírito vai se libertar e passará a existir em outra dimensão. Agora podemos afirmar que o mesmo processo ocorrerá com o planeta Terra: quando o corpo físico da Terra, nosso planeta físico, perecer, a alma da Terra se libertará deste corpo de matéria planetário e a alma da Terra passará a existir em outra dimensão. O planeta físico e material será destruído, mas a alma da Terra, o espírito planetário, esse continuará a existir em outro plano. É assim com os seres humanos e com os mundo; é assim também no nível macro tal como no nível micro.

Por isso, quando falamos de fim do mundo, estamos sempre falando de uma transformação, de uma passagem de um estado a outro de existência. É uma pena que muitas pessoas ainda cultivem a ideia de um fim definitivo para nosso mundo e fiquem propagando tais equívocos. Nenhuma data estará correta, posto que ninguém sabe exatamente quando se dará uma transformação em nível planetário. As pessoas nem deveriam se preocupar com essas questões, até porque quando chegar o momento de partirmos deste plano ou até de deixarmos a Terra, isso será feito e nada poderá ser feito para mudar isso tentando nos salvar fisicamente.

A ideia da “salvação” de que fala a bíblia e outros textos sagrados e mestres espirituais não é a salvação do corpo, mas a salvação da alma. É a alma que deve ser salva no “final dos tempos”, e esse “final dos tempos” é agora mesmo, pois ele é o momento em que vamos fazer a transição para uma nova consciência, aderindo a uma nova era de paz e fraternidade. A verdadeira salvação é a tomada de consciência do espírito que somos. Quem despertar para isso, não provará mais a morte e tampouco precisará se preocupar com o fim do mundo.


Hugo Lapa

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