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15 dezembro 2013

Prova e Julgamento - Emmanuel


PROVA E JULGAMENTO


De certo que o Senhor terá advertido contra os riscos do julgamento, observando-nos a inclinação espontânea para projetar-nos em assuntos alheios.
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Habitualmente, perante os nossos irmãos em experiências difíceis, estamos induzidos a imaginar neles o que sentimos e pensamos acerca de nós próprios.
Encontramos determinada criatura acusada desse ou daquele delito; para logo, frequentemente, passamos a mentalizar como teria sido a falta praticada, fantasiando minudências infelizes a fim de agravá-la, quando muitas vezes a pessoa indiciada tudo promoveu de modo a poupar a suposta vítima, resistindo-lhes às provocações até as últimas consequências.
Surpreendemos irmãos considerados em desvalia moral; e de imediato, ao registrar-lhes o abatimento, ideamos quadros reprováveis de conduta sobre as telas de inquietude em que terão entrado, emprestando-lhes ao comportamento o comportamento talvez menos digno que teríamos adotado na problemática de ordem espiritual em se acharam envoltos, quando, na maioria das ocasiões, são as almas violadas por circunstâncias cruéis, à feição de aves desprevenidas, sob o laço do caçador.
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Abstenhamo-nos de julgar os irmãos supostamente caídos.
O Senhor suscitou a formação de juízes na organização social do mundo, para que esses magistrados estudem os processos em que nos tornemos passíveis de corrigenda ou segregação, conforme o grau de periculosidade que venhamos a apresentar na convivência uns com os outros.
Por outro lado, os princípios de causa e efeito dispõem de sua própria penalogia ante a divina justiça.
Cada qual de nós traz em si e consigo os resultados das próprias ações.
Ninguém foge às leis que asseguram a harmonia do Universo.
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Diante dos companheiros que consideres transviados, auxilia-os quanto possas. E onde não consigas estender braços de apoio, silencia e ora por eles.

 Todos somos alunos na grande escola da vida.
Consideremos que toda escola afere o valor dos ensinos professados em tempo justo de exame.
Os irmãos apontados à apreciação dos júris públicos são companheiros em prova.
Hoje será o dia deles, é possível que amanhã o nosso também venha a chegar.


Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

 

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