VENCENDO A DEPRESSÃO DE FINAL DO ANO
A depressão atinge hoje quase 7% da população mundial, são mais de 350 milhões de pessoas no mundo que sofrem de depressão segundo com a Organização Mundial da Saúde.
Dados mostram que em países mais ricos, os jovens apresentam mais chances de desenvolver a doença, já entre os de média e baixa renda, o risco aumenta com a idade. Este transtorno mental é caracterizado pela OMS por alguns sintomas comuns, entre eles, tristeza persistente, perda de interesse, ausência de prazer, distúrbios do sono ou do apetite, cansaço fácil, entre outros sinais de alerta importantes.
Com a aproximação das comemorações de final do ano, muitas pessoas ao invés de se sentirem felizes, acabam se sentindo deprimidas, associando esta época de festas e excesso de compromissos a sentimentos de cobrança, nostalgia e saudade dos entes queridos.
De acordo com a Adriana Rizzo, voluntária a dezessete anos do CVV- Centro de Valorização da Vida há um aumento médio de 20% nas últimas semanas de dezembro em comparação com os demais períodos do ano. Visando sensibilizar as pessoas com o problema e tentar reverter esta situação, a entidade lançou o Movimento Conte Comigo. “Nosso objetivo é ajudar as pessoas a aliviar suas tensões interiores, ganhando um fôlego para continuar adiante e clareando as ideias para tomar as melhores decisões. Doamos atenção para quem necessita”, relata.
Para o médico psiquiatra e supervisor do Hospital das Clínicas, Dr. Teng Chei Tung, embora os estudos mais consistentes não apresentem um real aumento da taxa de depressão natalina pelo fato da depressão já existir antes do natal, neste período ela se torna mais intensa devido aos fatores psicossociais associados tais como a necessidade de ficar feliz, a lembrança dos conflitos familiares, das frustrações ocorridas durante o ano e a lembrança de outras festas natalinas depressivas.
O médico acrescenta: “Além do tratamento habitual com medicamentos e psicoterapia, precisaria englobar programas de apoio para evitar a solidão nesta fase do ano, com propostas de festas e atividades voltadas para os solitários”.
Além de uma série de sintomas físicos, existem também as razões espirituais que podem desencadear este transtorno. O Médico psiquiatra e comunicador da Rede Boa Nova de Rádio, Dr. João Lourenço explica que algumas vezes as pessoas trazem marcas no seu perispírito e muitas vezes lesões perispirituais causadas por monoideias ou comportamentos repetitivos e ao reencarnar pode ser que a pessoa se pré disponha a algum tipo de dificuldade, uma delas é a depressão.
Reflete Joana de Angelis pela psicografia do médium Divaldo Pereira Franco: “Em razão do largo processo da evolução, todos os seres conduzem reminiscências que necessitam ser trabalhadas incessantemente, liberando-se daquelas que se apresentam como melancolia, insegurança e receios infundados, desestabilizando-os. Ao mesmo tempo, estimulando-se a novas conquistas, enfrentando as dificuldades que o promovem quando vencidas, descobre todo o potencial de valores de que é portador e que necessitam ser despertados para as vivências enriquecedoras.”
Embora não se deva eximir a importância do tratamento médico nem mesmo psicológico, somar os recursos da prece e a conexão com Deus para tranqüilizar o coração e mudar a sintonia dos pensamentos pode ser de grande utilidade.
A partir de uma visão integral do ser recomenda Joana de Angelis: “O hábito saudável da boa leitura, da oração, em convivência e sintonia com o Psiquismo Divino, dos atos de beneficência e de amor, do relacionamento fraternal e da conversação edificante constituem psicoterapia profilática que deverá fazer parte da agenda diária de todas as pessoas”.
Recomenda o espírito Santo Agostinho no capítulo O Mal e o Remédio em O Evangelho Segundo o Espiritismo: “A fé é o remédio certo para o sofrimento. Ela aponta sempre os horizontes do infinito, ante os quais se esvaem os poucos dias de sombras do presente”.
Caso esteja vivenciando a depressão, não hesite em buscar ajuda, esse pode ser o primeiro passo para uma vida mais feliz.
Fonte: Espiritismo na Rede