BRANDOS E PACÍFICOS
Os brandos e pacíficos herdarão a Terra, e serão chamados filhos de Deus.
Esta frase monumental – reunimos dois textos em apenas um – encontra‑se no Sermão da Montanha, enunciado por Jesus, conforme o Evangelho de São Mateus, 5: 5 e 9.
Nunca foi tão necessária de ser repetida como na atualidade, em que a prepotência e a crueldade constituem fatores de primazia na cultura sociológica da Humanidade.
O ser humano, que alcançou as estrelas que reluzem ao longe e as estuda com afinco e determinação, assim como as micropartículas, em busca da energia no seu estado mais primitivo, que investe fortunas incalculáveis para a solução de pandemias e moléstias dilaceradoras, que se comove ante um gesto de ternura infantil, genericamente ainda não conseguiu disciplinar os instintos e as paixões asselvajadas que lhe permanecem no imo, devorando-lhe as sublimes aspirações ao bom, ao belo e ao nobre.
Com facilidade, entrega-se à alucinação do poder terreno, olvidado da sua fragilidade assim como da fugacidade com que transita no mundo.
O sentido ético do viver, as abençoadas escolas de pensamento filosófico edificante, as conquistas da Ciência, apresentando as glórias da vida, flutuam com rapidez nas suas reflexões, e deixa-se deslumbrar infeliz e ambicioso pela crueldade e a beligerância.
Os séculos e milênios, que varreram as civilizações, desde as mais recuadas até este momento grandioso, não conseguiram depositar nos sentimentos humanos a brandura e a pacificação. Como consequência, vivemos numa sociedade caracterizada por distúrbios de muitos gêneros, apresentando-nos inconstantes, ciumentos, invejosos, derrapando sempre na animosidade e na malquerença.
A antipatia e a amizade protocolar, própria para redes sociais em que as fantasias se apresentam como realidade, sob o estímulo de outros indivíduos atormentados que se lhes tornam modelos a serem seguidos, substituem a brandura e a paz que fazem falta em demasia.
As terríveis buscas do sentido da vida no prazer sensorial atiram as criaturas na viagem ao mundo exterior, olvidando-se da sua realidade de seres espirituais.
Por mais, no entanto, que o ser humano fuja da investigação e vivência dos seus valores morais, do retorno à reflexão íntima em torno da sua origem, de quem é e como liberar-se dos males íntimos que o afligem, mais cedo ou tarde será conduzido pelas circunstâncias a enfrentar-se.
As modernas doutrinas psicológicas têm procurado despertar as mentes e os corações para a conquista do sentido brando e pacífico da existência, mas há relutância forte entre o ego e o Self, mantendo-se os velhos hábitos que geram desequilíbrio.
Nunca foi tão necessária de ser repetida como na atualidade, em que a prepotência e a crueldade constituem fatores de primazia na cultura sociológica da Humanidade.
O ser humano, que alcançou as estrelas que reluzem ao longe e as estuda com afinco e determinação, assim como as micropartículas, em busca da energia no seu estado mais primitivo, que investe fortunas incalculáveis para a solução de pandemias e moléstias dilaceradoras, que se comove ante um gesto de ternura infantil, genericamente ainda não conseguiu disciplinar os instintos e as paixões asselvajadas que lhe permanecem no imo, devorando-lhe as sublimes aspirações ao bom, ao belo e ao nobre.
Com facilidade, entrega-se à alucinação do poder terreno, olvidado da sua fragilidade assim como da fugacidade com que transita no mundo.
O sentido ético do viver, as abençoadas escolas de pensamento filosófico edificante, as conquistas da Ciência, apresentando as glórias da vida, flutuam com rapidez nas suas reflexões, e deixa-se deslumbrar infeliz e ambicioso pela crueldade e a beligerância.
Os séculos e milênios, que varreram as civilizações, desde as mais recuadas até este momento grandioso, não conseguiram depositar nos sentimentos humanos a brandura e a pacificação. Como consequência, vivemos numa sociedade caracterizada por distúrbios de muitos gêneros, apresentando-nos inconstantes, ciumentos, invejosos, derrapando sempre na animosidade e na malquerença.
A antipatia e a amizade protocolar, própria para redes sociais em que as fantasias se apresentam como realidade, sob o estímulo de outros indivíduos atormentados que se lhes tornam modelos a serem seguidos, substituem a brandura e a paz que fazem falta em demasia.
As terríveis buscas do sentido da vida no prazer sensorial atiram as criaturas na viagem ao mundo exterior, olvidando-se da sua realidade de seres espirituais.
Por mais, no entanto, que o ser humano fuja da investigação e vivência dos seus valores morais, do retorno à reflexão íntima em torno da sua origem, de quem é e como liberar-se dos males íntimos que o afligem, mais cedo ou tarde será conduzido pelas circunstâncias a enfrentar-se.
As modernas doutrinas psicológicas têm procurado despertar as mentes e os corações para a conquista do sentido brando e pacífico da existência, mas há relutância forte entre o ego e o Self, mantendo-se os velhos hábitos que geram desequilíbrio.
Por essa razão, Jesus afirmou que os brandos e pacíficos herdarão a Terra.
Divaldo Pereira Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 16/12/21
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 16/12/21
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