FÉ
CONCEITO
No sentido comum a crença em algo constitui a fé. Normalmente inata, manifesta-se pelo seu caráter natural em aceitar as coisas e realidades conforme se apresentam, sem mais amplas indagações.
É inata em todos os homens, constituindo particular e especial manifestação do ser.
Ninguém está isento da sua realidade, porquanto é parte integrante de cada vida.
Naturalmente procede da ancestralidade do próprio homem, resultado de experiências objetivas ou não, que se lhe implantaram no inconsciente e cada vez mais se fixa pelo processo automático em que se fundamenta.
Realiza-se, porém, a fé, na sua plenitude, quando é consequência da razão.
A fé natural, à medida que se apoia no objeto que lhe constitui a crença, transcende a própria capacidade, transformando-se em estado de espírito.
Tem a propriedade de abrasar o espírito, dispô-lo aos lances arrojados. Quando honestamente elaborada é calma e fecunda, propiciando equilíbrio físico e psíquico que sustenta a vida humana.
É inata em todos os homens, constituindo particular e especial manifestação do ser.
Ninguém está isento da sua realidade, porquanto é parte integrante de cada vida.
Naturalmente procede da ancestralidade do próprio homem, resultado de experiências objetivas ou não, que se lhe implantaram no inconsciente e cada vez mais se fixa pelo processo automático em que se fundamenta.
Realiza-se, porém, a fé, na sua plenitude, quando é consequência da razão.
A fé natural, à medida que se apoia no objeto que lhe constitui a crença, transcende a própria capacidade, transformando-se em estado de espírito.
Tem a propriedade de abrasar o espírito, dispô-lo aos lances arrojados. Quando honestamente elaborada é calma e fecunda, propiciando equilíbrio físico e psíquico que sustenta a vida humana.
DESENVOLVIMENTO
O Direito Romano considerava a fé nos contratos, dando-lhe o atributo de "ação de boa-fé", ações essas enumeradas nas Institutos, de Gaio e de Justiniano, que elaboram as primeiras linhas em que fundamentavam tais regras.
Posteriormente evoluiu o conceito no Direito moderno, dando-lhe mais ampla conotação.
Psicologicamente exterioriza-se pela busca de fatos, mediante os processos da intuição e da dedução, através do consentimento do intelecto em decorrência de um testemunho.
A fé religiosa, no entanto, concita à tácita aceitação dos dogmas e preceitos das Religiões, não poucas vezes eivados de superstições, impedindo o discernimento por parte dos fiéis.
A Igreja Romana, tomando-a como um dos seus fundamentos, tornou-a uma das virtudes teologais, considerando-a qualidade essencial para a salvação do homem.
A Reforma, a seu turno, constituiu-a única razão, fator primeiro e último, transformando-a na base sem a qual a salvação se faz impossível.
Diverge da crença pura e simples, graças às razões como pela ação espiritual em que se sustenta. Enquanto a crença aceita algo verdadeiro ou falso, sem o concurso da razão, a fé transcende à própria razão, mediante sutilezas metafísicas, desdobrando-se em sentido especial.
Indubitavelmente, para qualquer edificação, a fé se eleva a fator precípuo, através do qual se levantam e materializam os ideais de enobrecimento da Humanidade.
Todavia, a fé que não produz é semelhante a lâmpada aparatosa que não esparze claridade: é inútil.
Assim considerando, asseverava Tiago que a "fé sem as obras é inoperante".
Imperioso que a fé, no afã de engrandecer-se, indague, perquira, realize, a fim de poder resistir às circunstâncias adversas, às decepções de qualquer expressão, porquanto, fundamentada em fatos iniludíveis, sobrevive aos escombros e destroços das crenças ruídas e das Instituições malogradas.
Para legitimar-se, a fé se deve consorciar com a razão que elucubra e analisa, passando pelo crivo da argumentação lógica tudo o em que crê.
Posteriormente evoluiu o conceito no Direito moderno, dando-lhe mais ampla conotação.
Psicologicamente exterioriza-se pela busca de fatos, mediante os processos da intuição e da dedução, através do consentimento do intelecto em decorrência de um testemunho.
A fé religiosa, no entanto, concita à tácita aceitação dos dogmas e preceitos das Religiões, não poucas vezes eivados de superstições, impedindo o discernimento por parte dos fiéis.
A Igreja Romana, tomando-a como um dos seus fundamentos, tornou-a uma das virtudes teologais, considerando-a qualidade essencial para a salvação do homem.
A Reforma, a seu turno, constituiu-a única razão, fator primeiro e último, transformando-a na base sem a qual a salvação se faz impossível.
Diverge da crença pura e simples, graças às razões como pela ação espiritual em que se sustenta. Enquanto a crença aceita algo verdadeiro ou falso, sem o concurso da razão, a fé transcende à própria razão, mediante sutilezas metafísicas, desdobrando-se em sentido especial.
Indubitavelmente, para qualquer edificação, a fé se eleva a fator precípuo, através do qual se levantam e materializam os ideais de enobrecimento da Humanidade.
Todavia, a fé que não produz é semelhante a lâmpada aparatosa que não esparze claridade: é inútil.
Assim considerando, asseverava Tiago que a "fé sem as obras é inoperante".
Imperioso que a fé, no afã de engrandecer-se, indague, perquira, realize, a fim de poder resistir às circunstâncias adversas, às decepções de qualquer expressão, porquanto, fundamentada em fatos iniludíveis, sobrevive aos escombros e destroços das crenças ruídas e das Instituições malogradas.
Para legitimar-se, a fé se deve consorciar com a razão que elucubra e analisa, passando pelo crivo da argumentação lógica tudo o em que crê.
FÉ E ESPIRITISMO
Sendo a Doutrina Espírita a Religião que estua no fato comprovado da Imortalidade, faculta à fé os óleos mantenedores da sua flama, através da consistência dos seus postulados, decorrentes da observação, da confirmação incontestável e dos conceitos relevantes que lhe constituem a linha ético-filosófica de afirmação.
Desse modo, a fé torna-se consciente, graças à experiência pessoal do crente em relação ao fato, dando-lhe ciência individual do conhecimento em que se afirma, libertando e felicitando o homem. Torna-se verdadeira, despertando os sentimentos da humildade e da ponderação em que consubstancia os postulados espirituais que lhe servem de base.
Constitui força motriz para a caridade - a virtude por excelência -, em cujo labor o espírito se engrandece e alcança a plenitude.
Não foi por outra razão que Allan Kardec, o escolhido para embaixador do Espírito de Verdade, conceituou: "Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade".
Desse modo, a fé torna-se consciente, graças à experiência pessoal do crente em relação ao fato, dando-lhe ciência individual do conhecimento em que se afirma, libertando e felicitando o homem. Torna-se verdadeira, despertando os sentimentos da humildade e da ponderação em que consubstancia os postulados espirituais que lhe servem de base.
Constitui força motriz para a caridade - a virtude por excelência -, em cujo labor o espírito se engrandece e alcança a plenitude.
Não foi por outra razão que Allan Kardec, o escolhido para embaixador do Espírito de Verdade, conceituou: "Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade".
Joanna de Ângelis
Médium: Divaldo P. Franco
Livro: Estudos Espíritas - 14
Médium: Divaldo P. Franco
Livro: Estudos Espíritas - 14
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