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19 maio 2022

Hipnotismo e Magnetismo! - Ana Gaspar


HIPNOTISMO E MAGNETISMO!


Hipnotismo – conjunto dos fenômenos e das aplicações da hipnose.

Método ou prática de indução da hipnose: a fixação do olhar sobre um objeto brilhante, passes magnéticos, diversos artifícios de sugestão, são conhecidos desde muito tempo como capazes de provocar a hipnose, porém, é a Escola de Salpêtrière, sob o impulso de Charcot, que se deve o estudo objetivo dos fenômenos hipnóticos.

Esta escola distinguiu a letargia, a catalepsia e o sonambulismo provocado. Apenas as pessoas impressionáveis ou àquelas que o permitem podem ser hipnotizadas. Lombroso, cientista italiano cita no livro “Espiritismo e Mediunidade” casos curiosos. Alberto de Souza Rocha faz um estado profundo e atual, pois seu livro “Espiritismo e Psiquismo” foi lançado em 1993, sobre essa temática e muitas outras ligadas à Ciência Espírita. Outro item importante abordado é a emancipação da alma provocado pela hipnose e o sono natural, que permite curas e a regressão de memória, a ciência moderna já está mudando seus conceitos sobre o sono, aceitando a teoria espírita da emancipação da alma.

Na literatura espírita vamos encontrar em “Libertação”, de André Luiz, um processo de licantropia através do hipnotismo. Diz o mentor Gubio que através do hipnotismo é mais velho que o mundo, lembra o caso de Nabucodonosor que se encontra na Bíblia, durante sete anos viveu como um animal. O mesmo ocorrendo com um espírito feminino que pressionada por violento remorso sentia-se como se fosse uma loba, pois quando encarnada assassinara o marido e os quatros filhos. Gubio explica a André Luiz que o hipnotismo pode ser usado pelos bons e pelos maus, todos o possuem.

Magnetismo – foi Franz Anton Mesmer, médico alemão quem estudou de forma científica a teoria que certas pessoas podem irradiar um fluido especial proveniente do próprio corpo com influência nos indivíduos e nos animais. Baseava-se em estudos anteriores que seus predecessores cuidavam ser coisas de magia. Em 1765 escreveu um livro no qual abordava a influência dos astros entre si e em corpos vivos – Kardec cita isso em A Gênese, cap. 18, item 8 – Planetarum Influxos.

Em 1779 escreveu sobre Magnetismo Animal, a conclusão da sua tese de que o organismo animal pode emitir um fluido e curar. As teses foram combatidas em Viena e por isso ele mudou-se para Paris onde foi bem recebida. O povo e o próprio rei Luiz XVI aceitaram, mas o Catedrático da Faculdade de Medicina julgou o tratamento perigoso e imoral, Mesmer foi então para a Inglaterra. Em 1823 o jovem Rivail (Allan Kardec) chega a Paris e teve sua atenção voltada ao magnetismo e nos anos que se seguiram aplicou parte do seu tempo ao estudo dessa ciência e foi testemunha de muitas curas provocadas pelo agente magnético.

Allan Kardec estudou todos os livros que falavam sobre magnetismo, inclusive os que eram contra essa ciência. O mestre lionês conheceu as pesquisas do padre português José Custódio Faria, que fora iniciado no magnetismo pelo marques de Puységuir, contrariando a igreja que condenava o magnetismo, pois dizia “que os fluidos eram de origem infernal, o sonambulismo e o magnetismo eram sobrenaturais e diabólicas, anticristão, anticatólicos e antimorais.” Rivail, tomou parte ativa nos trabalhos da Sociedade de Magnetismo de Paris, a mais importante da França.

Soube fazer amigos nessa corrente de idéias e um deles o Sr. Fortier, foi quem em 1854 lhe falaria pela primeira vez das mesas falantes que deu origem a Codificação Hipnotismo e Magnetismo do Espiritismo. Tendo adquirido sólidos conhecimentos de magnetismo, foi capaz de perceber, logo ao início de suas observações junto às mesas girantes e falantes a íntima ligação entre Espiritismo e Magnetismo, afirmando: “Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas não há senão um passo, sua conexão é tal que é por assim dizer, impossível falar de um, sem falar do outro.”

Ana Gaspar
Fonte:
Espiritismo e Razão

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