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13 abril 2013

A Vida - Lilian Karla Buniak Pinto

   


A VIDA


Tão complexo como entender, definir e compreender o amor, os seres humanos se deparam em seu dia a dia com um termo mais complexo ainda, que tem capacidade para envolver em seu nome toda a gama de complexidade dos mais variados termos, dos mais variados sentidos, das mais variadas sensações existentes no Universo.

Com mente pequena, não aproveitando tudo o que o aparato cerebral traz, os seres humanos passam pela vida, em grande volume e intensidade, sem parar para refletir o motivo de estarem passando.

Diria que o termo “passar” não emoldura a grandiosidade do tema, pois quando se passa pela vida, simplesmente não se vive.

Não se vive porque a própria capacidade humana de pensar não permite muitas delongas e o que se vê são apenas “passagens” sem significância, sem acréscimo, sem preenchimento de sentimentos e atitudes de nobreza.

Com a Vida literalmente não se brinca, mas os seres humanos aos milhares brincam e rateiam o verdadeiro significado de conduzir-se por uma vida plena, recheada por atitudes de quem sabe o que faz.
Em outras palavras, afirmaria que a Vida é benefício para ações e para sensações.

O fato de estar em um mundo de provas e expiações não retira do homem a condição de eterno aprendiz, assim como o fato de um dia estar em um mundo melhor ou um plano melhor, também não vai redimir o homem de aprender, de praticar, de ensinar e evoluir cada vez mais.

Na verdade a Vida tem a subjetividade como comando, mas ramificações que permitem aos seres humanos muitas práticas no campo da racionalidade e da ação.

É um verdadeiro extermínio ao progresso pessoal simplesmente ficar de mãos atadas esperando bênçãos de Deus enquanto muito se poderia fazer para quem se encontra preso no martírio da fome, da miséria moral e física, inexistindo dentro de si expectativa de melhorar sua condição.

Também é apenas “passar” pela vida acreditando que a felicidade plena encontra-se no parceiro, no sonho de concluir um curso, de obter algo materialmente desejado...Lamentável, pois nunca as coisas e o outro devem estar acima de si próprio, e conhecer a si mesmo é trabalho árduo, pois proporciona aos seres humanos a conseqüência de vigiar os próprios atos, de frear os impulsos impróprios, sejam eles compostos por críticas, maledicências, egoísmo, orgulho, falsa conduta moral, ciúmes, posse, entre tantos outros.

A bondade que muitos pensam ter muitas vezes não condiz com a realidade...

A temperança, o espírito moral irrompível, são facilmente levados com as primeiras dificuldades quando não se está pleno das próprias convicções de vida!

E a Vida continua em seu curso, e os seres humanos sucumbidos pelos primeiros obstáculos e enfrentamentos no terreno da aprendizagem...

Em verdade, das inúmeras aprendizagens que a vida traz, uma se destaca: a fé.

Ninguém suportará as dificuldades que a Vida traz sem ter fé!

A fé de que toda dificuldade passa, a fé de que na verdade tudo o que aqui no plano terreno aconteça tem uma explicação (mesmo que não se saiba o motivo), a fé na espiritualidade e em Deus que trabalham incessantemente para o êxito da existência de cada ser humano.

A importância da união do ser humano com Deus e com ele mesmo é o que permite a evolução neste mundo de provas e expiações.

Observando com olhos atentos os seres humanos perceberão os acontecimentos a eles pertencentes como solução e não como atraso evolutivo.

A Vida trará oportunidades de crescimento para quem tiver olhos para compreender e optar pela ação, mas isso dependerá do livre arbítrio, da livre escolha para caminhar pelo caminho escolhido.

Esconder-se atrás de coisas, atrás dos outros, não traz o beneficio desejado para progredir...isso não seria viver.

Viver é enfrentar os obstáculos, aprender, evoluir, conduzir a própria existência, e não simplesmente passar por ela!

E o lembrete é sempre o mesmo: o tempo, outra ramificação da Vida, simplesmente urge!


Bibliografia: 
Baseado nas Obras Básicas de Allan Kardec





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