E mais um dia vem ao descerrar da lua. Trabalho, filhos para escola, trânsito, mercado e tantos afazeres tomam conta do nosso repleto dia. A sensação de saturação e impotência é real: o que estou fazendo da minha vida? E com a vida dos meus filhos?
Bate a culpa, o descontentamento e uma tristeza toma o coração aflito.
Mães e pais lamentam o que deixam de fazer pelos seus filhos e então como forma de recompensa “agradam” com os presentes e carregam na permissividade.
“O Evangelho Segundo o Espiritismo nos alerta no capítulo catorze – Instrução dos espíritos: ...” compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a comprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro.Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?”.....
Magnânimo compromisso em receber um espírito a fim de conduzi-lo a Deus. Espírito com o qual temos a missão da reconciliação através do amor. Quem ama diz não e também coloca limites. E é justamente isso que os nossos filhos esperam de nós.
Testam nossos limites a fim de pedir que os limitemos com amor. Pedem em entrelinhas para lhes dar a segurança de que necessitam a fim de que se formem homens de bem com valores morais, materiais e espirituais.
E nós? Acuados com o dinamismo infanto-juvenil da última era, nos perdemos na educação, julgando rebeldia nas crianças e nos jovens, mediante as atitudes que não sabemos interpretar. Quando na verdade eles pedem apenas, limite, amor, olhe para mim, fique comigo.
E tudo isso supre a correria insana pelo dinheiro, pois quanto mais nós ganhamos, mais aumentamos as nossas necessidades materiais e mais escravos delas ficamos, quando na verdade sabemos que podemos viver com muito menos.
Assim, sem a culpa e sem a permissividade podemos elaborar programas em família, simples, mas juntos. Vamos aos “limites” e ao “não” com a autoridade que o amor nos confere. Vamos ao diálogo esclarecedor. Vamos à prática do Evangelho no Lar como balsamo reconfortante e instrutor da elevação moral – exemplos aos filhos da prática cristã.
É preciso pouco, bem pouco para recuperarmos nossa infância que grita por um porto seguro. É preciso equilíbrio e segurança dos pais pautados na fé em Deus e no amor. Necessária é a prece edificante que nos traz um norte como muito bem apontado por Emmanuel em “Vinha de luz” ... “Em qualquer posição de desequilíbrio, lembra-te de que a prece pode trazer-te sugestões divinas, ampliar-te a visão espiritual e proporcionar-te consolações abundantes; todavia para o Senhor não bastam as posições convencionais ou verbalistas.
É preciso, sobretudo ser e não apenas ter.
Que Jesus seja conosco na missão de ensinar e aprender e nos despedimos com Emmanuel: “Ensinar é repetir a lição com bondade e entendimento, quantas vezes forem necessárias”.
Um abraço amoroso a todos os corações.
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