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30 abril 2013

Brandura - Miramez



BRANDURA

ESE – Cap. X - Item 18

O indulgente é, notadamente, brando nas suas conclusões, porque ele é tolerante para com o próximo; vê no seu irmão a sua continuação, por serem todos filhos de Deus, com os mesmos direitos e deveres; analisa seus companheiros no silêncio, sem exigir ostentação, tirando do que observar experiências para o seu comportamento.

Convém compreender que estamos na Terra buscando um aprendizado, notando que este planeta é de provas e expiações. A Doutrina Espírita mostra à humanidade a sua rica literatura, com o fito de que as lições sejam aplicadas e que o homem se renove nas suas concepções sobre a vida, que tem leis para serem respeitadas e rotas para serem corrigidas.

A indulgência mostra a cada criatura que a correção, em cada indivíduo, tem de ser feita por ele mesmo, porque é o único responsável pelos seus deslizes. E o Espiritismo, força pulsante no clima da vida, dá-nos força para conquistar a educação e a disciplina na nossa vida.

Estamos na época de mudanças, tanto no que tange à Terra, como moradia nossa, quanto na estrutura dos nossos sentimentos, aprimorando-os. O planeta se encontra cheio de missionários dando exemplos, e muitos deles o fazem em silêncio, de como crescer no equilíbrio, na fé e na esperança.

Quando nos dominamos, alimentamos no coração as virtudes e vamos nos livrando do apego a tudo e a todos, vivendo bem onde estivermos, amando a Deus em todas as coisas, de maneira a estabilizar a nossa vida, ligando-a à harmonia universal. Quanto mais apego, quanto mais orgulho, quanto mais egoísmo, mais amontoamos inferioridades dentro da consciência, passando a viver em guerra constante. E quando sentirmos o universo como a nossa casa, e Deus como único Pai, saberemos o que fazer da vida: poderemos ir para qualquer lugar, sem a doença da saudade que faz sofrer, pois todos somos irmãos e estamos sempre com Deus!

O sofrimento vem do apego e do egoísmo, e nada disso deve existir, nos nossos caminhos. Viver bem, em qualquer lugar, é sinal de que conhecemos a verdade, e nos tornamos livres, sendo indulgentes para com todos, amando a tudo. Convém notar que as leis espirituais nos ensinam esse viver.

O apego traz distúrbios na intimidade e sofrimento nas sensibilidades; devemos, então, purificar tudo e todos os sentimentos, transformando-os em amor, para que não falte em nossos passos a caridade bem conduzida, nos fazendo sentir a fraternidade universal.

O amor é força livre, na liberdade da vida. Quando se ama verdadeiramente, não há apego, não nos prendemos às saudades, surgindo em nós pensamentos de desprendimento; somos, neste momento, doadores de tudo o que esteja ao nosso alcance. É por isso que entendemos a força do amor, iluminando todas as virtudes, dando curso à verdade. Do amor surge a brandura, do amor temos os sinais da caridade e do perdão. Ele é a fonte de todos os valores espirituais, porque ele é Deus, sendo Jesus o padrão do amor de Deus na Terra.

De “Máximas de Luz”
De João Nunes Maia
Pelo Espírito Miramez

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